English Made in Brazil
--------- E D U C A T I O N A L S I T E ----------
----------------------------------------------------------------------------------
Schütz &
Kanomata - ESL
NATIVE SPOKEN ENGLISH
PATROCINADOR
ARQUIVO 7 - PERGUNTAS
E RESPOSTAS DE ABRIL A JUNHO 99
Este
foro é aberto ao público. Todos são convidados a perguntar,
questionar, divergir, opinar, ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões
para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior
brevidade possível. As mensagens de interesse geral, juntamente
com as respostas, serão publicadas com o nome do autor. Consultas
em inglês serão respondidas em inglês; consultas em
português serão respondidas em português.
As opiniões aqui emitidas
não são de responsabilidade do patrocinador deste site.
Conheça
aqui a equipe do English Made in Brazil
Q #234: Através desta, quero parabenizá-los
pelo ótimo trabalho desenvolvido, pois foi de grande utilidade para minhas
pesquisas. Bom, faço curso de inglês mas ainda estou no início.
Aprecio demais a língua inglesa, porém tenho uma dificuldade:
possuo o hábito de traduzir ao pé da letra e pensar em português
ao falar e ler textos em inglês. Se puderem orientar-me quanto a esta
dificuldade, seria de grande ajuda. Agradeço-os a atenção
e, mais uma vez, parabéns!! Adriana da Mata de Miranda <admiranda*openlink.com.br>
Jun 22, 99
A: Prezada Adriana,
A mente da pessoa monolíngue só funciona nas formas da
língua materna. O desafio de se aprender uma língua estrangeira
consiste exatamente em conseguir funcionar, estruturar o pensamento nas formas
dessa segunda língua. No princípio de forma rudimentar, mas à
medida em que desenvolve familiaridade, de forma cada vez mais apropriada. Este
processo, entretanto, só ocorre enquanto a pessoa estiver exposta a situações
reais de interação humana, imersa em ambientes da língua
e sua cultura. Portanto, se você não puder viajar e permanecer
um tempo no exterior para assimilar a língua estrangeira, procure um
programa que lhe ofereça um ambiente semelhante aqui.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #233: Amigos,
Existem regras que permitam a identificação das palavras inglesas
em que devemos pronunciar o "i" como [ ay ] ? Já
fiz essa pergunta até para alguns norte-americanos e ingleses, mas não
obtive nenhuma resposta completa ou satisfatória. Constatei até
casos de pronúncias dúbias, como na palavra "director".
[]'s "Renato Guedes" <renato*ars.com.br> Jun 18, 99
A: Prezado Renato,
O assunto que você está abordando refere-se à questão
conhecida por correlação entre ortografia e pronúncia.
No caso de estudantes de inglês como língua estrangeira, este assunto
também é conhecido por spelling interference. Veja Interferência
Ortográfica.
É fato notório a fraca correlação entre ortografia
e pronúncia no inglês. De todas as línguas européias,
é a que apresenta a correlação mais fraca, sendo que o
problema ocorre principalmente no plano das vogais. As ocorrências de
uma ou de outra pronúncia são predominantemente aleatórias,
não permitindo categorização e formulação
de regras. Portanto, não há regras. Veja por exemplo a letra que
você citou: o "i". Podemos facilmente encontrar 6 fonemas
(pronúncias) diferentes, por ele representados na grafia:
- /iy/ - machine, elite, pizza
- /I/ - bit, his
- /ay/ - bite, hide Veja
Vogais do Inglês
- /y/ - noise, toilet
- /â/ - pencil, bird, firm
- mudo - sovereignty, parliament
Entretanto, examinando apenas palavras monossilábicas, vamos encontrar
uma certa regularidade que permite traçar uma regra. Veja Regras
de Pronúncia.
O caso da palavra "director" é de duas pronúncias
possíveis, assim como a palavra "either" e muitas outras.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #232: Caro Ricardo,
Eu estava conversando com um amigo (estudante de letras) sobre a diferença
de pronúncia entre as palavras wheel e will - pensando
somente na pronúncia da vogal. Só que ele disse que a pronúncia
de wheel seria "ruil" (?). No caso das palavras who, whose,
whole, por exemplo, esse som de "r" soprado me soa perfeito. Consultando
um dicionário, vi que esta pronúncia está representada
por um "h" (sem itálico) inicial. O que ocorre nas outras palavras,
como wheel, white, when, é um "h" (em itálico),
portanto diferente. Acontece que na chave de pronúncia, estranhamente,
não há qualquer menção a esse último símbolo,
pra eu saber como ou quando ele deve ser pronunciado. Pra mim, fica difícil
admitir que who e wheel tenham esse mesmo "r" na pronúncia,
como sugeriu o meu amigo. Talvez eu tenha aprendido errado desde cedo, já
que eu simplesmente ignorava qualquer som antes do "w" de "wheel"
(e isso também não deve ser correto). Como esse "h"
(itálico) deve ser pronunciado? Você poderia me ajudar? Um abraço,
Adriana <dri2*mailbr.com.br> Jun 11, 99
A: Prezada Adriana,
A diferença das pronúncias de wheel e will está
exclusivamente no vogal: wheel /wiyl/ - will /wIl/.
Veja mais sobre isso em As Vogais do Português
e do Inglês, letra A).
A respeito da consoante bilabial glide /w/ do inglês,
em primeiro lugar, se ela for pronunciada com mais ou menos sopro, este é
um detalhe pouco relevante, de relevância fonética apenas, não
fonêmica. Seriam free variations do mesmo fonema. Em segundo lugar,
este sopro nada tem a ver com a consoante fricativa velar /x/
do português carioca, que você representou como "r". Portanto,
você aprendeu certo desde cedo. Pode continuar a ignorar esta diferença
entre as duas variações possíveis do fonema /w/.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #231: Hello! Em primeiro lugar gostaria de
dizer que encontrei este endereço na revista Você S/A , Parabéns
é realmente muito bom. Meu nome é Paula Cristina e tenho a seguinte
pergunta para vocês: Como escolher um curso de inglês na exterior
levando-se em consideração a qualidade e custo do mesmo? Já
fiz alguns cursos de inglês aqui na minha cidade, tenho capacidade de
entender as aulas ministradas em inglês (intermediário) mas tenho
dificuldade para falar. Muitas vezes elaboro as frases mentalmente mas quando
vou me expressar não consigo concatená-las. Estou planejando fazer
um curso de 3 meses na Inglaterra no próximo ano mas estou com imensa
dificuldade para escolher a escola e o tipo de curso (normal ou intensivo) pois
não tenho nenhuma referência, só as conheço através
da Internet e brochuras . Algumas têm o preço bastante elevado
será que isto tem a ver com a qualidade de ensino e material oferecido
pela escola?
Atenciosamente, Paula Cristina <paula*vca.provider.com.br> Jun 11, 99
A: Prezada Paula,
Quando alguém viaja com a finalidade de aprender a língua e
a cultura estrangeira, o mais importante é a experiência de convívio
humano e as situações reais de comunicação que daí
decorrem. A oportunidade de se viver no país estrangeiro e assimilar
um pouco de sua cultura é de muito mais valor do que a instrução
formal recebida em sala de aula. Portanto, programas de 20 ou 25 horas semanais
são melhores do que os de 30 horas, por serem menos cansativos e permitirem
mais tempo para outras experiências, além de mais baratos. Se o
aluno quiser intensificar sua carga horária, deve procurar fazê-lo
com duas ou três aulas individuais, voltadas especificamente à
sua área de interesse.
DIVULGAÇÃO: Em segundo lugar, não devemos nos
influenciar pelas cores da brochura, muito menos pelo preço. A melhor
escola não é a mais cara. É aquela que tiver mais calor
humano, a que dispensar maior atenção pessoal, que lhe oferecer
um clima mais acolhedor. A casa em que você se hospedar também
desempenha um papel importante. Isto muitas vezes é uma questão
de sorte, mas normalmente as escolas pequenas, principalmente aquelas independentes,
gerenciadas pelos próprios donos, têm um contato mais direto e
pessoal com famílias hospedeiras, condições portanto melhores
de montar um programa em que o aluno se sinta bem. Outro aspecto importante
a considerar é que as escolas pertencentes a grandes redes provavelmente
terão um custo administrativo mais alto, o qual tem que ser repassado
ao aluno. Mais grave ainda: muitas possuem um departamento de marketing eficiente,
que produz e distribui brochuras caras a praticamente todas agencias de viagens
do Brasil. Então o aluno vai esperando uma imersão na cultura
estrangeira, e acaba encontrando um grande número de conterrâneos,
imergindo num confortável ambiente de sua própria língua
e cultura.
Procure portanto evitar aquelas escolas muito bem divulgadas no Brasil e verifique
sempre se as acomodações são individuais ou se você
terá que dividir o quarto com outro estudante estrangeiro. Este detalhe
pode influir no preço significativamente. Evite também lugares
turísticos, principalmente em épocas de férias.
CLIMA: Nós, que vivemos num clima tropical, facilmente
nos deixamos levar pela preocupação de passar desconforto em países
de clima frio. Entretanto, aqueles que já tiveram a experiência
sabem que a preocupação não procede. Uma canadense membra
de nossa equipe que vive aqui no Rio Grande do Sul costuma dizer que passa mais
frio aqui do que no Canadá. Isto porque nosso inverno não é
rigoroso nem prolongado a ponto de exigir uma infra-estrutura de aquecimento
nos prédios para neutralizar o frio. Além disso, nosso clima no
Brasil é muito úmido, o que também causa desconforto. Nos
países de clima frio, todas habitações e prédios
possuem aquecimento central de grande eficiência e o frio é predominantemente
seco, o que ajuda a não causar desconforto. Um inverno no Canadá,
por exemplo, pode se constituir numa experiência inesquecível.
Finalmente, se a passagem aérea lhe for oferecida num "pacote"
fechado, exija o preço discriminado do curso e da passagem, bem como
a opção de comprá-los separadamente, para ter certeza de
que em nenhum dos itens você está pagando mais do que o necessário.
Veja também ESL - English as a Second Language
no exterior - Intercâmbio para adultos.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB
Q #230: Ricardo,
Sou admiradora de sua página e venho utilizando a mesma para tirar
dúvidas de inglês e para procurar informações. Sou
professora de inglês e gostaria de pedir um favor: estou procurando por
um texto, em inglês, que tenha muitos falsos cognatos, para fazer os meus
alunos treinarem o que na teoria eles já aprenderam. Se o senhor pudesse
me ajudar, mandando algum, eu ficaria muito grata, pois não tenho encontrado
em nenhuma página na net. O trabalho seria para segunda e eu tenho um
pouco de urgência.... Muito obrigada e aguardo uma resposta. "Luciana
C. M. Mendes" <luciamm*ruralrj.com.br> Jun 2, 99
A: Prezada Luciana,
Obrigado por frequentar nosso site e desculpe a demora em responder.
Sua ideia sobre um texto contendo uma grande quantidade de falsos cognatos
é muito boa. Infelizmente, não temos nada em mãos para
lhe passar. Aceite entretanto estes modestos parágrafos que eu redigi
rapidamente hoje para você:
A DAY AT WORK
In the morning I attended a meeting between management and union
representatives. The discussion was very comprehensive, covering topics
like working hours, days off, retirement age, etc. Both sides were interested
in an agreement and ready to compromise. The secretary recorded
everything in the notes. Eventually, they decided to set a new meeting
to sign the final draft of the agreement.
Back at the office, a colleague of mine asked me if I had realized
that the proposed agreement would be partially against the company policy
not to accept workers that have already retired. I pretended
to be really busy and late for an appointment, and left for the cafeteria.
Actually, I didn't want to discuss the matter at that particular
moment because there were some strangers in the office.
After lunch I attended a lecture given by the mayor,
who is an expert in tax legislation and has a graduate
degree in political science. He said his government intends to assist
welfare programs and senior citizens, raise funds to improve college
education and build a public library because he assumes this
is what the people expect from the government.
Boa sorte em seu trabalho e disponha sempre de nosso site.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #229: Como ensinar inglês em escolas de ensino médio
Professor Ricardo,
Navegando pela Internet encontrei este site, digno de elogios como um dos
melhores que já encontrei tratando da língua inglesa. Professor,
sou professora de uma escola pública de ensino médio e fundamental
há 10 meses. O livro didático não é adotado e não
há nenhum tipo de material didático disponível que possa
tornar minha aula mais interessante. Quero trabalhar textos com os alunos mas
não sei como fazer para que eles consigam ler e entender, já que
o vocabulário das séries em geral é zero. Vale salientar
que são 50 ou 60 alunos em cada sala. Se possível aguardo uma
resposta, uma sugestão, bibliografias, ou seja, qualquer coisa que me
ajude a trabalhar com prazer. Mais uma vez, parabéns. "Ana Lucia
dos Santos Ferreira" <alsf*sunnet.com.br> May 20, 99
A: Prezada Ana,
Obrigado pela visita ao nosso site e desculpe a demora em responder.
Não se esqueça que habilidade em línguas é composta
de 4 aspectos: entendimento oral, produção oral, interpretação
de textos, e redação. Não se esqueça tampouco de
que a sequência normal e correta de aprendizado de línguas
começa sempre com contato e desenvolvimento de familiaridade com a língua
falada, em primeiro lugar.
À medida em que esta se desenvolve, podemos começar a trabalhar
com a língua escrita. Inverter essa sequência seria como ensinar
a teoria do jogo de tênis e o estilo dos grandes campeões a alguém
que nunca pegou numa raquete. Principalmente no caso do inglês, cuja correlação
entre pronúncia e ortografia é notoriamente fraca, essa sequência,
quando invertida, causa prejuízos evidentes. Veja mais sobre isso em
Pronúncia.
Portanto, permita-me aqui sugerir que textos sejam deixados de lado por enquanto.
Para que você possa fazer um bom trabalho, terá que dividir essas
turmas de 50 ou 60 em pequenos grupos homogêneos de 6 a 8 alunos, e a
partir daí, trabalhar a comunicação oral. A comunicação
oral ideal é aquela que decorre de situações reais de interação
humana, de preferência em ambientes da cultura estrangeira. Ensino e aprendizado,
se é que assim podem ser chamados, são vistos como atividades
que ocorrem num plano pessoal-psicológico. Você terá pleno
êxito se conseguir se colocar no plano psicológico dos alunos e
construir um relacionamento pessoal com cada um deles, bem como se conseguir
criar um clima de identidade de grupo.
Você certamente estará pensando agora que eu estou me desviando
completamente da realidade do nosso ensino público. Eu entretanto defendo
a ideia e demonstro facilmente que se trata de um projeto simples e barato,
bastando para isso vontade política e pequenos ajustes burocráticos.
A criação de um centro de convívio internacional e de intercâmbio
linguístico e cultural dentro de cada escola praticamente não
requer investimento. Veja mais sobre isso em nossa página sobre: A
Responsabilidade da Escola na Erradicação do Monolinguismo.
Disponha sempre do nosso site para expressar suas dificuldades e seus pontos
de vista.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #228: Caro Ricardo,
O presidente da Associação Brasileira de Wakeboard, Flávio
Castelo Branco, precisa de aportuguesar o nome desta modalidade desportiva (derivada
do esqui aquático, «surf» e «snowboard») e propõe
uma forma que me não parece razoável: «wakebórd
sem o a». Podem ajudar-nos?
Um abraço do João Carreira Bom - Ciberdúvidas da Língua
Portuguesa <ciberduvidas*esoterica.pt> May 19, 99
A: Prezado João,
Com referência a estrangeirismos na língua portuguesa, não
temos autoridade para nos manifestar. Portanto, preferimos nos limitar a mencionar
que no inglês existe uma grande liberdade de uso de palavras estrangeiras,
principalmente do francês, as quais são sempre conservadas nas
suas formas originais, tanto na ortografia quanto na pronúncia. Podemos
também sugerir que seja levado em conta o fato de que no mundo globalizado
de hoje, onde cada vez mais a necessidade de comunicação impõe
o bilinguismo como qualificação básica do indivíduo,
a quantidade de palavras importadas aumenta na mesma proporção
em que a necessidade de aportuguesa-las diminui. Talvez fosse o caso portanto
de rever a nossa tendência de aportuguesar os estrangeirismos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #227: Inglês instrumental
Gostaria de uma ajuda referente ao termo
Inglês Instrumental, se este refere-se somente a cursos de leitura /estratégias
de leitura ou se há um significado mais amplo? Obrigado Rosemary
Aparecida de Souza <rosemary*iaec2.br> May 14, 99
A: Prezada Rosemary,
Confesso a você que já ouvi esta expressão, mas nunca
entendi claramente o significado. Para mim, qualquer língua - e principalmente
o inglês - é instrumental. Não sei que tipo de inglês
seria o não-instrumental.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #226: Neurolinguística
Prezado Ricardo e Equipe:
Primeiramente, agradeço pela criação deste fantástico site que tem orientado
um vasto contingente de pessoas em suas dúvidas a respeito da funcionalidade e
uso da língua inglesa em todos seus aspectos. Sinceramente meus cumprimentos por
tal atitude!!
Gostaria de algumas prestimosas informações: - O que a linguística
moderna preconiza a respeito de ensino/aprendizagem de línguas é
acquisition. Para que acquisition ocorra, é preciso que
o indivíduo esteja situado em um ambiente de convívio caracterizado
pela língua e pela cultura estrangeira. Um ambiente desses, entretanto,
dificilmente pode ser criado artificialmente. O elemento fundamental desse ambiente
são as pessoas que o compõem. Pergunta-se: como poderíamos
otimizar esse ideal em nossas 'carentes' escolas públicas brasileiras?
Como criar ambientes de convívio em que acquisition possa ocorrer
nestas escolas?
Na oportunidade, gostaria que me esclarecessem também a respeito de
como posso usar os pressupostos oferecidos pelo campo da neurolinguística
no ensino de inglês em escolas públicas de primeiro e segundo graus.
A neurolinguística está mais diretamente relacionada a
language acquisition ou a language learning? O que vocês
acham da PNL (Programação Neurolinguística) aplicada aos
processos de ensino e aprendizagem de língua inglesa?
Finalizando, gostaria de obter algumas "dicas" de como tornar o
processo de aprendizagem de inglês mais eficaz em nossas escolas públicas.
Sou professor de segundo grau na rede pública e verificando o atual estado
em que a língua inglesa vem sendo conduzida em nossas escolas me obriga
a buscar novas luzes para se não poder salvar, poder atenuar nossos problemas.
Agradeço pela atenção e pelo envio das sugestões.
"Gilnei Magnus dos Santos" <gilnei*contacto.com.br> May 11,
99
A: Prezado Gilnei,
Obrigado pela visita ao nosso site.
A implementação de um programa de language acquisition
em escolas de 2o grau não só
representa um ovo de Colombo no ensino de línguas estrangeiras, como
não é difícil nem cara. Cria-se um centro de convívio
internacional através dos seguintes passos:
- 1) Estabelecer um programa de intercâmbio cultural com uma
ou mais escolas do exterior,
- 2) Acolher professores e alunos estrangeiros na escola, os quais
estariam submetidos a um programa com atividades coordenadas pelo departamento
de inglês (a exemplo do que já ocorre em outros países),
- 3) Colocar na coordenação deste departamento uma pessoa
com competência linguística e cultural, e dividir os alunos
em turmas pequenas. Veja mais sobre isso em A responsabilidade
da escola na erradicação do monolinguismo.
Neurolinguística é o ramo da linguística que
estuda a relação entre a fala e a estrutura e o funcionamento
do cérebro. É o estudo dos fundamentos biológicos e neurológicos
da fala. Pesquisas nesse campo, por exemplo, já demonstraram que os dois
hemisférios cerebrais desempenham funções distintas. O
lado esquerdo é o lado lógico, analítico; enquanto que
o direito é o lado criativo, artístico, sensível à
música, responsável pelas emoções. Sabe-se também
que a lateralização do cérebro ocorre a partir da puberdade.
Ou seja, no cérebro de uma criança os dois hemisférios
estão mais interligados do que no cérebro de um adulto. A partir
daí formulou-se uma hipótese interessante: de que possivelmente
a assimilação (acquisition) da língua ocorre predominantemente
via hemisfério direito e é sedimentada no hemisfério esquerdo
como habilidade permanente. Portanto o desempenho superior das crianças
estaria relacionado à maior interação entre os dois hemisférios
cerebrais. Veja mas sobre isso em: Por que as crianças
aprendem mais rápido.
Programação neurolinguística (PNL), pelo pouco que conheço,
é um sistema alternativo de terapia voltado a desenvolver nas pessoas
controle sobre sua autoconsciência e seu comportamento emocional, de maneira
a melhorarem seu poder de comunicação. Vejo aqui a possibilidade
de um professor de língua estrangeira aprimorar suas habilidades no plano
pessoal-psicológico através de PNL. Veja mais sobre qualidades
de personalidade de um bom professor em: Como
ser um bom professor de línguas.
Finalmente, gostaria de sugerir-lhe uma área de estudo que tem uma
relação mais direta com a psicologia do aprendizado de línguas,
que é a psicolinguística. Enquanto que a neurolinguística
estuda as funções cerebrais e sua relação com a
língua, a psicolinguística pesquisa aspectos psicológicos
relativos à língua, especificamente a assimilação
de habilidades como compreensão, armazenamento e produção.
Volte sempre a nos visitar.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #225: Caro Professor,
Na questão abaixo, por que a resposta não pode ser também
a de letra D, além da de letra C que é a dada como única
correta ?
- ( PUCRS ) __________ students would do __________ they could
to hear Dr. Sherzer.
- A) much - everything.
B) any - nothing.
C) some - anything.
D) few - nothing.
E) none - something.
Leo <ingles*ez-poa.com.br> May 11, 99
A: Prezado Leo,
Porque a opção D não faz sentido. Soa mal aos ouvidos.
É um problema de concordância semântica. Seria como dizer,
por exemplo, em português: Eu não faria nada que fosse possível.
Ou a gente faz qualquer coisa que seja possível, ou não se faz
nada. Nesse caso tanto faz ser possível ou não, uma vez que nada
será feito.
Atenciosamente, Ricardo & Teresa - EMB
Q #224: Self-taught teacher
Hi Ricardo,
Firstly, I'd like to congratulate you on your excellent home page, it's really
out of this world!!! It's the best home page I've found on the net which deals
with English as foreign language. Thanks to it, a lot of people are acquiring
more knowledge concerning English! That's for sure!
The reason I'm writing this email is that I'd like to share with you and with
the English Made in Brazil team my history in English learning,
different but true!
Well, summarizing, I'm a self-taught person, I've been studying this marvelous
language for about 5 years or more, of course I've already thought about taking
English classes at some language school, but the lack of time and the idea that
I could do it by myself have always put it off, and now I can pride myself on
being fluent and having a vast vocabulary. At first, when I was a teenager starting
to learn English at school, I felt really in love with the language, then I
started to have it as habit the fact of reading an English dictionary in my
spare time, and now I think that's why I know thousands of words and verbs.
I don't want my words to sound as if I'm boasting, but I'm sure that I've got
a great tendency for languages, and now, after a great deal of effort I'm able
to speak English fluently! And that's great! I ve also studied the phonetic
symbols, what allowed me to have a correct pronunciation. I'd also like to mention
that I've been always provided with good books, grammars, dictionaries and so
on, which helped me in this self teaching process, cause my father used to be
a book seller, so he always helped me get the books I needed. Recently, I'm
teaching English in a language school here where I live, and thanks God I'm
succeeding. Sometimes it's kind of disappointing to see that a lot of people
would never believe the words I'm telling you now. That's because unfortunately,
people usually think that no one else is capable of doing something they can't,
so that's the reason I don't like to mention that I teach English and that I'm
a self-taught person, cause this kind of affirmation seems to be a kind of defiance,
and it might also seem that I'm boasting, so I prefer to leave it unsaid. I
know that maybe I'm being to tough in holding such opinion, but unfortunately,
this is how I feel, and that's what I have seen. I m looking for a way to take
a test at Cultura Inglesa in Belo Horizonte, I think it's gonna be at the end
of this year, and I m hopefully sure that I'm gonna get it! I think that having
a kind of certificate would make things easier. Though I'm sure I've got an
acceptable English, I still have a lot of doubts concerning the language, but
I'm also sure that graduated teachers have the same doubts I do, and that makes
me more tranquilized. Sometimes I think that the fluency I got is due to the
great love I feel about this language, I'm really in love with it! I'm sure
that we share this feeling together! Sometimes I myself get amazed at the great
conquest I got! That's surely something I have the right of being proud of!
Actually, I've got a great respect and admiration for your knowledge concerning
the language, and I'd really like to know what you think about my case. I'm
not writing this email in order to get some compliment, I'm doing it cause I'd
like to know the opinion of such competent teachers you are. What do you think
about self teaching? Have you ever seen someone fluent in a foreign language
without having taken it?
Once again, congrats! You surely make people's life better with such a marvelous
site! Bye! Regards.
Thanks a lot! See ya! "Rodrigo" <Rodrigo**@hotmail.com>
May 10, 99
A: Dear Rodrigo,
Your story is really exceptional. As you probably noticed by reading our website,
we believe primarily in natural acquisition and are skeptical about formal learning
and the practical results it can produce.
Nonetheless, we admit the possibility of a story like yours to be true. I've
met people with similar experiences to tell, and the explanation is that the
person must have an unusual talent for languages plus a great deal of motivation.
Let's keep in mind, however, that if you reached this high level of proficiency
in 5 years of self study, you would probably have reached a similar level in
less than 6 months living in an English-speaking country.
Concerning your plans to take a proficiency test, we think it's a good idea.
However, keep in mind that a proficiency test score is not meant to be a teaching
certificate - it only tries to provide a photograph of your performance at a
given moment. The best credential for teaching you can have is fluent and accurate
performance based on linguistic and cultural competence and complemented with
a suitable personality. (See O que é
um bom professor for more.) If you are looking forward to pursuing a
career in Teaching English as a Second Language, I recommend you to get experience
abroad, perhaps a TESL Certification. (See our page of Questions
& Answers for more on how to become an English teacher.)
Regards, Ricardo - EMB
Q #223: Caros amigos,
Visitei o site de vocês na Internet, depois de tomar conhecimento de seu trabalho através da
revista Você S.A. Eu gostaria de receber mais informações sobre:
1) O trabalho de vocês em Porto Alegre. Se vocês têm cursos
na capital ou se recomendam algum profissional/escola daqui, que esteja em sintonia
com a filosofia e postura que vocês defendem. Ou alguma outra forma de
atendimento a Porto Alegre.
2) Um serviço "diagnóstico" do estágio de aprendizado
em que o aluno se encontra. Isto é: fiz "n" cursos picaretas
de inglês (...), tive inglês no colégio, tenho um mestrado
em Antropologia onde era preciso se "defender" em inglês e passar
em um teste de proficiência (onde fui surpreendida positivamente pela
lembrança de uma compreensão do idioma que eu nem mais supunha
ter!), enfim: tenho uma QUILT de aprendizados precários e queria transformar
isso em um segundo idioma..... Então, gostaria de fazer um mapa de aprendizado
personalizado, de acordo com meus interesses e a minha necessidade temporal
de aprendizado. Ou seja: aula em curso + aula particular + um estágio
no exterior + curso pela Internet, CD Rom ou vídeo, etc... considerando
minha situação particular.
3) Há cursos em CD-Rom no mercado, vídeos e revistas em bancas.
Vocês poderiam dar sua opinião a respeito de alguns deles? "E.
X." <......*plug-in.com.br> May 9, 1999
A: Prezada E.X.,
Infelizmente não temos escola associada em Porto Alegre, nem conhecemos
as escolas de lá o suficiente para podermos recomendar.
Quando se fala em aprendizado de línguas, é sempre necessário
destacar dois aspectos distintos para esclarecer aquilo a que nos referimos.
Estaríamos nos referindo a informações e conhecimento a
respeito da estrutura gramatical da língua na sua forma escrita predominantemente,
ou a uma habilidade funcional que nos permita nos sentirmos à vontade
na presença de estrangeiros, acompanhar filmes e notícias na televisão
sem problemas, argumentar, defender pontos de vista, comprar e vender em inglês,
construir laços de amizade ou namorar em inglês, conhecer os costumes
e as diferenças culturais?
Se estivermos nos referindo a conhecimento, eu recomendo esforço intelectual
com a ajuda de livros de gramática, cursos pela Internet, etc.
Se estivermos nos referindo à habilidade funcional, eu recomendo contato
humano em ambientes de cultura estrangeira onde o idioma que você quer
aprender seja o meio de comunicação por natureza, ou através
de uma viagem ao exterior, ou através de convívio com representantes
da cultura estrangeira aí em Porto Alegre.
Materiais impressos ou apoiados em dispositivos eletrônicos, principalmente
aqueles que reproduzem a língua na sua forma oral, ajudam mas não
realizam. Um cérebro precisa de outro com o qual interagir criativamente.
Esses materiais, disponíveis às centenas se não milhares,
nós pouco conhecemos.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB
Q #222: Especialização em tradutor
Moro na região de Campinas (SP) e gostaria de fazer um curso para tradutora. Como
já tenho o curso de Letras-Inglês, preciso de algo mais específico, em nível de
especialização. Tenho procurado, mas não encontro nada nessa área. Será que vocês
poderiam me ajudar, me indicando alguma escola, faculdade ou universidade que
ofereça esse ensino. Agradeço a atenção e aguardo uma resposta. Obrigada, novamente,
"Maria Solange Marzullo Mendes" <solange*server3.splicenet.com.br> May 6,
99
A: Prezada Solange,
Pouco sabemos lhe informar sobre programas em nível de pós-graduação
específicos para tradução. Sabemos que o bacharelado em
letras é o curso mais específico para tradutores. Acreditamos
também que o tradutor ideal deva ser uma pessoa bilíngue e de boa
redação em ambos os idiomas que se propõe a traduzir, criativa,
e conhecedora do assunto que vai traduzir.
Traduzir é fundamentalmente a arte de redigir. Portanto, você
poderia buscar aprimoramento, por exemplo, num curso de mestrado em professional
writing no exterior.
Conforme nos informa Gabriela Linhares, uma frequentadora de nosso site,
a Universidade de Brasília oferece uma especialização em
tradução dentro do programa de mestrado em linguística
aplicada.
Também o departamento de pós-graduação do Instituto
de Letras da Universidade Federal do RGS oferece, entre outras linhas de pesquisa
para seus cursos de mestrado e doutorado, uma que me parece muito interessante:
Análises Textuais e Discursivas. Entre outras coisas, você provavelmente
também vai aprender que a dificuldade em se traduzir para uma língua
que não é a língua materna do tradutor, muitas vezes
está não na sua limitação com a língua estrangeira,
mas sim na falta de clareza do texto original. Normalmente temos dificuldade
em enxergar a falta de clareza quando se trata de nossa língua materna,
e interpretamos o problema como limitação nossa na língua
estrangeira. Veja mais sobre isso em Como não
redigir e como traduzir.
Você pode buscar especialização também nos assuntos
a serem traduzidos. Por exemplo, se você tiver perspectivas de traduzir
muitos textos relativos a informática, poderia buscar aprimoramento em
cursos técnicos a respeito de informática. Existem muitas opções
de aprimoramento. Boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #221: Aprendi no colégio que PEOPLE
era sempre singular, mesmo quando fosse POVO, NAÇÃO. Entretanto,
aprendi num cursinho que PEOPLE é plural quando se refere a pessoas como
por exemplo em PEOPLE ARE HAPPY. Entretanto, no cursinho, disseram-me que PEOPLE
quando usado como ideia de POVO deveria ser seguido por singular como,
por exemplo, em THE JAPANESE PEOPLE IS CLEVER. Afinal, qual é a forma
correta quando quisermos nos referir ao povo japonês? THE JAPANESE PEOPLE
ARE CLEVER ou THE JAPANESE PEOPLE IS CLEVER. Por favor, me ajudem a entender
esta questão. Leo <ingles*ez-poa.com.br> May 6, 99
A: Prezado Leo,
A palavra people já é um substantivo plural (an
invariable unmarked plural). Portanto, sempre ... people are ...,
quase nunca *... people is ... As únicas situações
em que conseguimos imaginar a ocorrência de people conjugado como
singular são os exemplos:
- The word "people" is an exception ... / Each people builds
a culture ...
Neste segundo caso, onde a palavra tem um sentido de grupo étnico,
terá excepcionalmente um marked plural:
- The English-speaking peoples ...
No seu exemplo, entretanto, o usual seria usar a palavra people com
o sentido apenas de grupo de pessoas ligadas por características comuns,
neste caso um invariable unmarked plural. O normal (correto), pois, seria:
- The Japanese people are ...
Dois falantes nativos de inglês endossam.
Atenciosamente, Ricardo, Linda & Teresa - EMB
Q #220: Prezado Ricardo,
Parabéns não só pela riqueza de conteúdo da sua
homepage, como pela competência do design, comprovando que vocês
todos são grandes webmasters e webdesigners. Bem, tenho algumas dúvidas
antigas sobre inglês, e gostaria que me ajudasse, por favor. a) Bem, conheço
as regras de reported speech, e quando o tempo verbal deve ser mudado
para o passado, seguido de told, say, ask, etc, ou qdo. pode permanecer
o mesmo. Entretanto, ao fazer uma prova, minha professora pediu que eu usasse
a expressão "from now" em uma frase qualquer, e eu escrevi
assim : My father told me that he would buy a car two weeks from now .
Ela corrigiu para : My father told me that he will buy a car two weeks from
now. Depois, eu fiquei pensando nisso, e me confundi totalmente...o "told"
parece exigir o verbo no passado, mas ao mesmo tempo, o "2 weeks from now"
me parece que ficaria errado....eu poderia escrever algo como, "my father
told me that he would buy a car two weeks later", ou a opção
usando told e will, está correta ?? Agradeço previamente
a gentileza em me ajudar... Abraços, Andréa. <teachercei*uol.com.br>
May 1, 99
A: Prezada Andréa,
As duas frases estão corretas do ponto de vista da gramática
descritiva. A respeito do reported speech ou indirect speech,
alguns livros de gramática dão a impressão de que tem que
haver uma mudança de tempo do verbo dependente, após said (that)
ou told (that). Isto na verdade não confere com a realidade. Especialmente
quando o evento a que o segundo verbo se refere ainda não ocorreu, ou
quando o verbo tem um sentido de qualidade ou predisposição permanente.
Veja os seguintes exemplos, todos ocorrências normais aos ouvidos de nativos:
- He said he would go to the party next week. = He said
he will go to the party next week.
He told me he liked coffee. = He told me he likes coffee.
Paulo said that he could speak French. = Paulo said that
he can speak French. = Paulo says he can speak French.
Entretanto, sob um ponto de vista mais formal, principalmente em se tratando
de linguagem escrita, a troca de tempo do verbo dependente é necessária.
Portanto, a sua frase estava correta.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #219: "They" to avoid sexist language
Fico muito agradecido com a sua resposta anterior, e tenho recomendado o seu excelente
site para todos os meus amigos. Apesar de concordar com você e entender que a
gramática é descritiva e relativa, como poderia me virar na seguinte questão que
caiu em um concurso, haja visto que minha preocupação atual é com concursos:
- Everybody changes _____ opinion.
- a) his
- b) their
- c) her
Qual seria a resposta correta e qual a regra ?
E como poderia acertar uma questão de TAG QUESTION como a questão
abaixo, que caiu num concurso:
- Everybody plays tennis, _____ they ?
A resposta é DON'T THEY, mas não se poderia colocar DOESN'T
HE, já que EVERYBODY é sempre singular?
Leo <ingles*ez-poa.com.br> April, 28, 1999
A: Prezado Leo,
O inglês não possui um pronome pessoal neutro (com relação
ao sexo) para a terceira pessoa do singular. Portanto, já em 1759 Lord
Chesterfield escrevia: "If a person is born of a gloomy temper ... they
cannot help it." Mas é principalmente hoje, nessa época
em que há uma grande preocupação em ser sempre politically
correct, em não ferir suscetibilidades com relação
a sexo, raça, origens, etc, que o pronome they é
usado como substituto para pronomes indefinidos como everyone, everybody,
someone, somebody, anyone, anybody, no one, nobody, em detrimento da concordância,
tanto em inglês norte-americano como em britânico.
Veja os seguintes exemplos:
- --------------------------------------------------------------------
- Everyone thinks they have
the answer.
- Has anybody brought their
camera?
- No one could have blamed themselves
for that.
- --------------------------------------------------------------------
É importante salientar, entretanto, que o uso do pronome they
como solução para evitar sexist language, embora comum na
língua falada, não é aceito por escritores e redatores mais
criteriosos e defensores de uma postura mais formal com relação à gramática.
O Writer's Guide to Style and Usage da Biblioteca Pública de
Nova Iorque, por exemplo, recomenda formas alternativas de expressão que
evitem tanto sexist language quanto irregularidade gramatical. Veja os
seguintes exemplos:
- ----------------------------------------------------------------------------------------------------
- Recolocando a ideia no plural:
- Not: Although an executive is busy, he should
always take time to listen.
- But: Although executives are busy, they should
always take time to listen.
- ----------------------------------------------------------------------------------------------------
- Evitando o uso do pronome:
- Not: A good engineer relies on his common
sense.
- But: A good engineer relies on common sense.
- ----------------------------------------------------------------------------------------------------
- Substituindo o pronome por um artigo:
- Not: Every trainee should bring his manual
to class.
- But: Every trainee should bring the manual
to class.
- ----------------------------------------------------------------------------------------------------
- Usando o impersonal you em vez da terceira pessoa:
- Not: A careful writer checks his prose for
gender bias.
- But: As a careful writer, you should check
your prose for gender bias.
- ----------------------------------------------------------------------------------------------------
- Reformulando a frase:
- Not: A good secretary makes sure she completes
her assignments on time.
- But: Completing assignments on time is part of being
a good secretary.
- ----------------------------------------------------------------------------------------------------
Outra alternativa, a qual predomina em inglês britânico, é
o uso do pronome one. Veja aqui o comentário
do norte-americano Kirk Terry sobre o assunto.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #218: Dynamic and stative verbs
Meu nome é Eli e fiquei muito feliz em descobrir o site de vocês. Parabéns por
este maravilhoso trabalho onde podemos, realmente aprender e descobrir os contrastes
deste idioma. Fiz um curso de inglês de um ano e desde então tenho estudado por
conta própria. No meu estudo, me deparei com a questão dos stative verbs
e dynamic verbs, onde o verbo love no caso é um stative verb
e como tal, não tem sua forma loving como verbo: E.g. I love you.
e não I am loving you. Então eu suponho que quando eu encontrar a palavra
loving ou será adjetivo ou substantivo.
Minha pergunta: Eu não me lembro bem onde eu vi isto: I'm still
loving her ..... (está certo? se está a tradução
seria eu continuo a amar ela ... e neste caso é um substantivo?)
E para finalizar: em uma música do CD do filme a máscara do
zorro me deparei novamente com esta situação. Se os stative verbs
não aceitam _ing o que está então acontecendo nesta
frase: I want to spend all my life loving you ..... É que loving
neste caso só pode ser amando. Por favor me explique se eu realmente
posso confiar na definição de que um stative verbs nunca vai ter
a forma com _ing.
Muito obrigado!! ELI CRUZ <eli_rdc*yahoo.com> - São Paulo - April
26, 1999
OBS: Vocês têm representante em SP/SP, alguma escola etc....?
A: Prezado Eli,
O que você estudou sobre dynamic e stative verbs está certo.
Esta classificação, inclusive, se aplica também a adjetivos,
além de verbos, e afeta não só a ocorrência das formas
progressivas, mas também do imperativo. Veja os seguintes exemplos em
que usamos os verbos study e know, e os adjetivos careful
e tall como dynamic e stative, respectivamente:
- DYNAMIC
STATIVE
(nonprogressive)
- -----------------------------------------------------------------------------
- Progressive: I'm studying English.
*I'm knowing English.*
- I'm
being careful. *I'm
being tall.*
- -----------------------------------------------------------------------------
- Imperative: Study English!
*Know
the language!*
- Be
careful! *Be
tall!*
- -----------------------------------------------------------------------------
-
* significa que a frase é impossível.*
Veja aqui uma lista de common stative verbs, os quais não
aceitam facilmente as formas progressivas:
- 1) Mental state: know, realize, understand, recognize, believe,
feel, suppose, think, imagine, doubt, remember, forget, want, need, prefer,
mean, mind, wish.
2) Emotional state: love, like, appreciate, hate, dislike, fear,
envy, mind, care.
3) Possession: possess, have, own, belong.
4) Sense perceptions: taste, smell, hear, feel, see, seem, sound.
5) Communicating and causing reactions: agree, astonish, deny, disagree,
impress, please, satisfy, surprise.
6) Other states: appear, be, consist of, contain, cost, exist, fit,
include, involve, look, matter, owe, seem, suffice, weigh.
Por outro lado, temos que definir aqui um conceito básico: gramática
não é prescritiva nem rígida, mas descritiva e relativa.
Portanto, o que define a gramaticalidade das formas não é a regra
que está no livro, mas sim a possibilidade de ocorrência e a aceitabilidade
aos ouvidos de falantes nativos.
Além disso, quando os livros procuram descrever a lógica gramatical
de uma língua, eles se baseiam em um determinado modelo, normalmente
a linguagem formal. Entretanto a pluralidade de dialetos e variantes dentro
de um mesmo país é grande. Veja por exemplo o caso dos EUA: Standard
American, Southern, Black English, Chicano English, etc.
Portanto, quando você encontrar a palavra loving, ou qualquer
outra situação contrária à regra, você terá
que levar esses fatores em consideração para poder interpretar
corretamente. Nos seus exemplos, o verbo stative love está sendo
irregularmente usado na forma progressiva (gerúndio). Este tipo de liberdade
ou informalidade no uso da linguagem é muito comum em música.
Finalmente, permita-me aqui lembrar-lhe que, em se tratanto de aprendizado
de línguas, frequentemente a pessoa se confunde com os meios e os
fins. Muitas vezes investe tempo e esforços para adquirir conhecimento
a respeito do idioma, quando o que busca na verdade é habilidade funcional.
O fato de em outros campos de estudo conhecimento ser o objetivo a ser alcançado,
facilmente nos leva a acreditar que podemos desenvolver habilidade em línguas
estrangeiras da mesma forma. Leigo engano. Conhecimento a respeito do idioma
não está diretamente ligado e não produz habilidade funcional.
Veja mais sobre isso nas páginas: Aprendizado
de Línguas e Acquisition x Learning.
Infelizmente não temos representante em São Paulo nem conhecemos
escolas ou professores que possamos recomendar. Entretanto se leres a página
Como Escolher um Curso de Inglês, saberás
escolher um programa adequado a tuas necessidades.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #217: Ricardo, I was really happy to come
into this wonderful site of yours!! What a great work!!! I would be very much
grateful if you could help me with a word which I have had a hard time to find
in English. How do I say "brega" in English?? I talked to some
native speakers but it was sort of hard for them to figure out what I meant.
So, please help me on this one. I do appreciate your precious help, and again
CONGRATULATIONS!!! This site is just what we needed!!!!
Hugs to you and to your team,
By the way, Ricardo... please share my e-mail address with others who might
have some more unusual words. I will be happy to add them to my list. Thanks
again. Francisco Toste <toste*sti.com.br> April, 25, 1999
A: Dear Francisco,
"BREGA" - we would say low-class. Consider also no-class,
trashy, tacky, cheesy. All according to a Canadian (46) and an American
(25).
Regards, Ricardo, Linda & Teresa - EMB
Q #216: Qual a forma correta de dizermos em
inglês "um U" (referindo-nos à letra U): a U ou
an U? Sei que falamos a university, e também sei que a
letra U se pronuncia /yuw/ em inglês. Leo <ingles*ez-poa.com.br>
April, 25, 1999
- A: Todas as palavras cuja pronúncia inicia com o fonema
palatal glide /y/, receberão o artigo a. Ex:
- U /yuw/ - a U
- union /yuwnyân/ - a union
- year /yIr/ - a year
- negrito indica a sílaba tônica.
- Atenciosamente,
- Ricardo - EMB
Q #215: Advérbios: compatibilidade e posicionamento
Por favor, ajudem-me a solucionar algumas dúvidas que não tenho encontrado em
livros:
Tenho uma dúvida eterna. Nos tempos em que o BEEN funciona como auxiliar
como, por exemplo, o Present Perfect Continuous, qual a melhor posição
para colocarmos um advérbio de frequência, como always,
seldom, never, etc?
Por exemplo, na frase: I have been studying English. Onde colocaria
o advérbio? Leo <ingles*ez-poa.com.br> April, 25, 1999
- A: Prezado Leo,
- Advérbios de frequência não combinam com o perfect
continuous. Se quisermos enfatizar a frequência, teremos que usar
o simple perfect: I've never studied. Podemos entretanto colocar outro
advérbio: I've been studying English dilligently. ou: I've
been dilligently studying English.
Q: E onde ficaria o advérbio em uma voz passiva com BEEN
? Ex: My car has been repaired.
- A: Novamente, o exemplo acima não combina bem com advérbios
de frequência. Seria melhor usar o simple present: My car often
needs a repair. Podemos entretanto dizer: My car has been thoroughly
repaired. Veja outro exemplo:
- I've been asked difficult questions often.
I've been asked often difficult questions.
I've been often asked difficult questions.
Often I've been asked difficult questions.
- Advérbios são palavras que modificam ou acrescentam significado
a verbos (daí o nome), a adjetivos, ou a outros advérbios. Eles
têm maior liberdade do que outros elementos da oração
quanto ao posicionamento na frase. Este posicionamento entretanto vai depender
parcialmente de onde se queira colocar a ênfase. Ex: I usually
go to the movies. I go usually to the movies (not to the bar).
Q: E como ficaria no Present Perfect ? I have studied English.
- A: Veja os seguintes exemplos:
- I've studied only English (not French nor Math).
- I've only studied English (haven't done anything else).
Portanto, a propriedade no uso de advérbios depende da compatibilidade semântica
entre o advérbio e o tempo verbal usado, e seu posicionamento depende do elemento
da frase que se quer modificar.
Já com relação a adjuntos adverbiais de lugar e tempo (at home, on Sundays),
existe uma regrinha de posicionamento ideal na frase muito simples: lugar vem
antes de tempo e informações específicas vêm antes de informações mais genéricas.
Veja o exemplo abaixo:
I usually play golf at the country club
in Porto Alegre at
ten o'clock on Sundays.
Atenciosamente, Ricardo, Linda & Teresa - EMB
Q #214: Professor Ricardo,
O texto abaixo foi retirado do artigo do professor Dr. Mario Pei (Columbia
University) na enciclopédia Microsoft Encarta97 que apresenta "The
850-word primary vocabulary". Você sabe onde é possível
encontrar esta lista de palavras?
-------------------------------------------------
Basic English: A simplified form of the English language based on 850 key
words was developed in the late 1920s by the English psychologist Charles Kay
Ogden and publicized by the English educator I. A. Richards. Known as Basic
English, it was used mainly to teach English to non-English-speaking persons
and promoted as an international language. The complexities of English spelling
and grammar, however, were major hindrances to the adoption of Basic English
as a second language. The fundamental principle of Basic English was that any
idea, however complex, may be reduced to simple units of thought and expressed
clearly by a limited number of everyday words. The 850-word primary vocabulary
was composed of 600 nouns (representing things or events), 150 adjectives (for
qualities and properties), and 100 general "operational" words, mainly
verbs and prepositions. Almost all the words were in common use in English-speaking
countries; more than 60% were one-syllable words. The abbreviated vocabulary
was created in part by eliminating numerous synonyms and by extending the use
of 18 "basic" verbs, such as make, get, do, have, and be.
These verbs were generally combined with prepositions, such as up, among, under,
in, and forward. For example, a Basic English student would use the expression
"go up" instead of "ascend."
-------------------------------------------------
"Andrey Soares" <andreysoares*receita.fazenda.gov.br> Apr
23, 99
A: O BASIC (British, American, Scientific,
International, Commercial) English foi uma das várias tentativas
de criar-se artificialmente uma linguagem simplificada de fácil aprendizado
que viesse a solucionar o problema de comunicação internacional.
De todos, o projeto mais bem sucedido foi o esperanto, que mesmo assim não
passa hoje de um hobby de alguns excêntricos. Veja
aqui comentário de Jose Archangelo Olivato sobre esperanto.
O que todos os defensores dessas iniciativas deixaram de considerar ou de
compreender, é que língua é comportamento humano. É
decorrência natural de convívio humano e não existe se não
estiver enraizada em uma nação e em uma cultura.
Entretanto, do ponto de vista técnico-didático, da linguística,
pode ser interessante conhecer o conteúdo desses projetos. Detalhes completos
sobre o BASIC English, você encontrará no seguinte endereço:
<http://web.marshallnet.com/~manor/basiceng/basiceng.html>
Chamo-lhe a atenção também para um projeto mais recente:
ACCESS - Auxiliary Closed Captioned English with Simplified Spelling.
Ainda interessante é o trabalho e as ideias da SSS (Simplified
Spelling Society):
<http://www.les.aston.ac.uk/sss/simplspel3.html>
Divirta-se e obrigado pela sagacidade de suas questões.
Ricardo - EMB
Q #213: Professor Ricardo,
A pedido do Professor de inglês Maurice Strauss (native speaker),
venho solicitar uma ajuda. Na homepage <www.learninfreedom.org/language-learning.html>
existem indicações de livros para auxiliar no ensino de línguas.
Você poderia indicar algum? "Andrey Soares" <andreysoares*receita.fazenda.gov.br>
Apr 23, 99
A: Na bibliografia dessa página todas as obras parecem
valorizar e salientar a importância de language
acquisition e de contato com a cultura através de convívio
humano. Embora eu não possa recomendar nenhuma das obras especificamente,
trata-se sem dúvida de uma bibliografia muito interessante. Agradeço
a Karl Bunday e tomo a liberdade de reproduzi-la aqui, antes que o site desapareça,
como às vezes acontece na Internet.
- Helps for Language Learners
- School is Dead; Learn in Freedom.
- Copyright © 1999 Karl M. Bunday, all rights reserved.
- Learning a foreign language comes "naturally"
for some people, with great difficulty for others. Is it possible for language
learning to come more easily for people if they learn language-learning techniques?
Yes, say the authors listed below. Books about how to learn languages have
been around a long time. I found some of them inspirational or practical for
me as I studied more than a dozen languages and eventually got to the level
in Chinese that I could make my living for several years as a contract interpreter
for the United States Information Agency. Maybe you'll find these books useful
too; try them and see for yourself.
- Raising Children Bilingually: The Preschool Years Lenore
Arnberg (Clevedon, Avon: Bilingual Matters, 1987) (ISBN 0-905028-70-8 [pbk.]).
xv and 168 pages; forward by Joshua Fishman, appendix, references, further
reading, index. KMBseen_SPP
- The Bilingual Family: A Handbook for Parents: Edith
Harding and Philip Riley (Cambridge: Cambridge U Press, 1986) (ISBN 0-521-31194-2
[pbk.]). x and 155 pages; recommended reading, references, index. KMBseen_SPP
- Help Your Child With a Foreign Language: A Parent's Handbook:
Opal Dunn (London: Headway, 1994) (ISBN 0-340-60766-1). (Positive Parenting
series). UK£6.99; 203 pages, list of useful address (in Europe), index.
KMBseen_HCO
- Language Learning: Some Reflections from Teaching Experience:
Peter Hagboldt (Chicago: U of Chicago Press, 1935) ix and 165 pages; index.
Fascinating book I discovered only recently while compiling this bibliography.
Full of clearer thinking on most issues than has been found among many authors
decades later. A good exploration of why sound is fundamental in language
learning, even if one is learning a language only for reading. KMBseen_MNU
- New Ways to Learn a Foreign Language: Robert A. Hall,
Jr. (Ithaca, NY: Spoken Language Services, c. 1973) (ISBN 0-87950-293-2).
180 pages; appendices, bibliography. New way to learn a foreign language,
by applying modern linguistic principles to the analysis of unfamiliar languages.
Good discussion of the role of "interference" from a learner's native
language in the language-learning process. Examples are given from "eight
major languages": Latin, Greek, French, Spanish, Portuguese, Italian,
German, and Russian. Good beginner's discussion of articulatory phonetics
and phonetic transcription. KMBseen_MPI
- How to Learn Languages and What Languages to Learn:
Mario Pei (New York: Harper and Row, enlarged ed. 1973). Pei's book was the
first book of its kind I ever found, back when I was a high school student.
It gave some reasonable general advice, and also some interesting opinions
on what languages are worth studying. (I think Pei would recommend Chinese
even more fervently if he were still alive today.) How to Learn Languages
and What Languages to Learn is a very readable, pleasant book. KMBseen_HCO
- Becoming Bilingual: A Guide to Language Learning: Donald
N. Larson and William A. Smalley (South Pasadena, CA: William Carey Library,
1976 [c1972]) (ISBN 0-87808-718-4). xv and 426 pages; bibliography, index.
Tour de force--the best single book available on how to acquire and use a
second language. It has ingenious practical tips, thoroughly examines the
theory behind the practice of language learning, and is filled with fascinating
examples of multilingualism in action in the lives of the authors and their
overseas acquaintances. Becoming Bilingual is the book I give the most credit
for taking me over the top in becoming bilingual. KMBseen_MNU
- Language Learner's Field Guide: Alan Healey, editor
(Ukarumpa, Papua New Guinea: Summer Institute of Linguistics, 1975) (ISBN
0-7263-0356-9). Language Learner's Field Guide tells how to handle the most
difficult language learning situation of all: learning a language from a completely
different, and little-known language family with no writing system, spoken
in a community where NO ONE knows your native language. It can be done, and
there are some interesting tricks in this book that can apply to more conventional
language learning situations as well. KMBowns
- Language Acquisition Made Practical: Field Methods
for Language Learners E. Thomas Brewster and Elizabeth Brewster (Colorado
Springs, CO: Lingua House, 1976) (ISBN 0-916636-00-3). My biggest regret of
my first stay in Taiwan is not applying the methods in this book even more
rigorously--I could have left Taiwan with a fine command of Taiwanese as well
as of Mandarin if I had. Even with casual application, Language Acquisition
Made Practical makes a big difference in outlook and helps substantially in
learning a language as people actually use it. I find now that I'm living
in Taiwan again my Taiwanese is coming back rapidly, and I expect this book
to be very helpful in my learning more Taiwanese while I live near many Taiwanese
speakers. KMBowns
- Principles and Practice in Second Language Acquisition:
Stephen D. Krashen (Oxford: Pergamon, 1982). A somewhat more scholarly book
on this subject that I haven't read cover-to-cover yet. Another homeschooling
parent says that this book is particularly useful, different in its theoretical
approach from other books on this subject. KMBseen_MNU
- How to Be a More Successful Language Learner: Joan
Rubin and Irene Thompson (Boston: Heinle & Heinle, 1982) (ISBN 0-8384-1124-X).
viii and 109 pages. A handbook of techniques for nontechnical audiences, one
I'm still reviewing. KMBseen_SPP
- The Whole World Guide to Language Learning: Terry Marshall
(Yarmouth, ME: Intercultural Press, 1989) (ISBN 0-933662-75-0). xii and 161
pages; bibliographies, index. KMBseen_SPP
- Breaking the Language Barrier: Creating Your Own Pathway
to Success: H. Douglas Brown (Yarmouth, ME: Intercultural Press, 1991)
(ISBN 0-933662-91-2). xviii and 184 pages; foreword by Senator Paul Simon,
appendix, endnotes, index, illustrations (cartoons). Self-analyzing psychological
approach to improving as a language learner. KMBseen_MNU
- How to Learn Any Language: Quickly, Easily, Inexpensively,
Enjoyably, and On Your Own: Barry Farber (New York, NY: Citadel Press,
1991) (ISBN 0-8065-1271-7). US$9.95; ix and 172 pages; appendixes. Favorite
quotation: "Almost all foreign-language instruction available to the
average American has been until now (one hates to be cruel) worthless."
KMBseen_HCO
- Secrets of Learning a Foreign Language: Graham E. Fuller
(1992). Has dumb back cover blurb, "It's astonishing no one ever thought
of this before"--LOTS of people have thought of this before." As
this bibliography makes clear, lots of people before Graham thought of this
before. There are books older than those mentioned above on this subject.
KMBseen_HCO
- How to Learn a Foreign Language: Arthur H. Charles
(New York: Franklin Watts, 1994) (ISBN 0-531-11098-2). (Speak Out, Write On!
series). 112 pages; glossary, bibliography, index. Discussion of the how and
why of learning languages from an author who knows only English and Romance
languages. KMBseen_MPI
- Learning how to learn languages takes away the mystery, and
lets you tackle useful languages with confidence. Learning another language
is a great way to gain the best sort of multicultural perspective, and is
a good way to show hospitality to visitors to your part of the world.
- For parents who want to bring up their children bilingually,
as I am doing, there is also an interesting book by an Australian author,
- Bilingual Children: From Birth to Teens: George Saunders
(Clevedon, Avon and Philadelphia, PA: Bilingual Matters, 1988) (ISBN 1-85359-009-6).
xiii and 274 pages; glossary, bibliography (which has a GREAT list of titles
of similar interest), indexes. Saunders is from English-speaking monolingual
ancestors, going back at least six generations on all sides of his family.
He studied German in college, got to study abroad for a while, and then decided
to bring up his children bilingually. The book describes his remarkable successful
experiment in bringing up three children as German speakers in Australia.
KMBseen_SPP
- An interesting book I have recently consulted is
- Second Language Reading and Vocabulary Learning: (Norwood,
New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1993) (ISBN 0-89391-850-4; 0-89391-906-3
[pbk.]). There is interesting information about problems with foreign language
instruction in schools in this book. KMBseen_MNU
- [Last revision 23 June 1999]
- What have been your experiences with language learning in
the real world? What resources and techniques were helpful for you? What other
questions about language-learning do you have? I would be glad to hear from
you.
- <webmaster*learninfreedom.org>
- Karl M. Bunday
- P.O. Box 674 Panchiao 220 TAIWAN
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #212: Teaching culture
Prezados amigos,
Meu nome é Elizete e fiquei encantada ao descobrir o site de vocês.
Faço um curso de pós-graduação em gramática
de língua inglesa e agora estou desenvolvendo um trabalho no qual gostaria
de contar com a opinião/contribuição de vocês. Comparando
as línguas inglesa e portuguesa - qual a opinião de vocês
com relação aos aspectos culturais e ao ensino da língua
inglesa no que diz respeito ao vocabulário e às expressões
idiomáticas? E à própria cultura? Alguém da equipe
tem algum acontecimento interessante, algum caso em particular para relatar
com relação às diferenças culturais e da própria
língua? Quais os principais aspectos que deveriam ser abordados quando
se ensina uma língua estrangeira e, portanto, uma cultura diferente?
Aguardo a resposta de vocês, se possível até 5a.
feira dia 15/4. OBS: Vocês têm representante em SP/SP? Se tiverem
como posso entrar em contato com eles?
Muito obrigada,
Love, "Elizete Geraldo" <eagermattos*zipmail.com.br> April
11, 99
- A: Prezada Liz,
- Obrigado pela visita ao nosso site e pelos comentários de apoio.
- Sua preocupação com as diferenças culturais é
muito oportuna. Língua e cultura são duas faces de uma mesma
moeda. São dois aspectos humanos indissociáveis. Um é
reflexo do outro. Tanto um como o outro devem ser assimilados antes de estudados.
Por esta razão é que defendemos um ensino de línguas
que possibilite o aprendizado como fruto de convívio, fruto de situações
reais de interação humana em ambientes da cultura estrangeira.
É por esta razão também que vemos como qualidade indispensável
de um professor de inglês, plena competência cultural.
- Alguns autores falam em três aspectos que devem ser abordados no ensino
da cultura estrangeira: informational culture (geografia, história,
religião, sociedade, festividades), achievement culture (grandes
obras nas artes literárias, musicais, plásticas, cinema, etc.),
e o mais importante: behavioral culture (comportamento humano cotidiano).
- Uma análise de contrastes culturais nesta área comportamental,
descrevendo os diferentes costumes e as diferentes maneiras de interpretar
fatos e a influência que os mesmos têm sobre a língua,
seria um trabalho muito interessante de ser pesquisado e desenvolvido.
- Veja, apenas a título de exemplo, a expressão "ganhar
dinheiro" e seu equivalente inglês "make money".
Será coincidência que o verbo ganhar está também
associado à ideia de receber gratuitamente, "ganha-se de
presente", "ganha-se uma esmola", não necessariamente
uma compensação devida? Seria uma maneira de nos referirmos
ao fato, enraizada numa tradição colonial de mão-de-obra
escrava gratuita ou semi-escrava e muito barata, numa sociedade de profundas
diferenças sociais? O equivalente inglês make, por sua
vez, ligado à ideia de fabricar, produzir, de gerar riqueza
a partir de trabalho, não seria fruto de uma tradição
menos colonialista? Estará esta diferença na interpretação
do mesmo fato, ligada às diferentes heranças culturais?
- Outro exemplo é a expressão "fazer um pedido"
e seu equivalente "place an order". Enquanto que a
palavra pedido é quase sinônimo de implorar, de dizer
"por favor", usada quando só uma parte é beneficiada,
o verbo inglês order está ligado à ideia
de comandar, exigir, colocando o cliente num plano hierárquico mais
alto, pois ele é que viabiliza o benefício da outra parte. Estaria
isso relacionado ao fato de consumidores nos EUA terem tradicionalmente desfrutado
de respeito quando no Brasil ainda nem se falava de direitos do consumidor?
-
- Outras curiosidades a título de exemplo:
- Em países de língua inglesa:
- Não se chama um professor de “teacher”; usa-se o nome da
pessoa.
- Nunca se diz a um professor “Repeat, please!”, mas sim “Could
you repeat that please?”. O uso do modo imperativo nesse tipo
de situação poderia ser facilmente interpretado como falta
de cortesia.
- Em ambientes de sala de aula, professores estrangeiros esperam encontrar um nível de disciplina maior do que aquele geralmente observado em salas de aula brasileiras.
- Jamais se chama a atenção de um garçom ou de um atendente
de loja ou bar através de: psst!
- Palavras de cortesia, especialmente "obrigado", são
usadas com mais frequência do que em português.
- Interromper outros numa conversa é considerado falta de cortesia com mais facilidade do que no Brasil.
- O grau de formalidade nas relações interpessoais é maior do
que no Brasil.
- Nos países de língua inglesa, especialmente na América do Norte, é normal falar de forma direta, sem rodeios, mesmo se for para reclamar ou criticar.
- Pessoas raramente se beijam ao se cumprimentarem, porém quase sempre se dão as mãos.
- Pessoas tendem a manter uma distância mínima maior e a se tocarem menos
do que na cultura brasileira, quando estão dialogando.
- Não se promete uma visita a um amigo ou conhecido sem que tenhamos
intenção de realmente visitá-lo.
- Não se diz "excuse me" (com licença) ao
se entrar no escritório ou na casa de alguém que acabou de nos convidar
para entrar.
- Seria menos comum e aceitável do que no Brasil perguntas do tipo: Quanto
ganhas no teu trabalho? - Quanto você pagou por isto?
- É muito importante ser objetivo na conversa e mais ainda
em texto.
- A tolerância para com o uso de palavrões, mesmo em tom de brincadeira, é menor.
- A tolerância para com piadas de conotação racial ou
homossexual é muito inferior. É melhor sempre evitá-las.
- Pontualidade é mais importante nas relações sociais do que
no Brasil.
- Atividades sociais noturnas (festas, bares, etc.) iniciam e
terminam mais cedo do que no Brasil.
- Motoristas são mais cautelosos na direção e o trânsito é bem
mais seguro do que no Brasil.
- Riqueza material é vista como resultado de méritos pessoais e é geralmente
motivo de orgulho, ao passo que no Brasil, devido às diferenças sociais mais
acentuadas, é muitas vezes ocultada.
Agradeço a colaboração dos seguintes frequentadores de nosso fórum de discussões
na elaboração desta lista de diferenças culturais: Fábio, Johannes,
Miguel Vieira e Maria Valeska.
Veja também nossa página sobre diferenças culturais para Centros de Convívio Multiculturais (CCMs).
- Sobre expressões idiomáticas, veja Idioms.
- Infelizmente não temos escolas associadas em São Paulo. Entretanto,
se leres a nossa página: Como escolher um curso
de inglês no Brasil, saberás avaliar quais os bons programas
de inglês.
- Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #211: Prezado Ricardo,
Existe alguma regra para se diferenciar o som "D" ou "T"
pronunciado nas palavras terminadas em "ED"? Um abraço. Andrey
Soares <andreysoares*receita.fazenda.gov.br> Apr 8, 99
A: Prezado Andrey,
Eis a regra:
Pronunciation of the Past Tense of Regular Verbs
The pronunciation of the past suffix "_ed" is
a common problem for Brazilian EFL students. First, because in Portuguese
the past is heavily marked and, second, because of the apparent inconsistency
of English. There are actually 3 situations:
a) When the pronunciation of the infinitive ends in a vowel
or voiced consonant, the pronunciation of the _ed suffix
will be /d/. Ex: (sublinhado significa sílaba tônica).
- play /pley/ - played
/pleyd/
- grab /græb/ - grabbed
/græbd/
- brag /bræg/ - bragged
/brægd/
- live /lIv/ -
lived /lIvd/
- use /yuwz/ - used
/yuwzd/
- engage /Ingeydj/ - engaged /Ingeydjd/
- blame /bleym/ - blamed /bleymd/
- listen /lIsn/ -
listened /lIsnd/
- control /kântrowl/ - controlled
/kântrowld/
- repair /riyper/ - repaired
/riyperd/
b) When the pronunciation of the infinitive ends with a voiceless
consonant, the pronunciation of the _ed suffix will be
/t/. Ex:
- stop /stap/ - stopped -
/stapt/
- work /wârk/ - worked /wârkt/
- laugh /læf/ - laughed
/læft/
- miss /mIs/ - missed /mIst/
- cash /kæsh/ - cashed /kæsht/
- watch /wótsh/ - watched - /wótsht/
c) When the pronunciation of the infinitive ends with a /d/
or a /t/, the pronunciation of the _ed suffix will
be /Id/. Ex:
- need /niyd/ - needed /niydId/
- attend /âtend/ - attended /âtendId/
- visit /vIzIt/ -
visited /vIzItId/
- create /kriyeyt/ - created /kriyeytId/
- want /wónt/ - wanted
/wóntId/
- print /prInt/ - printed
/prIntId/
A regra refere-se apenas ao sufixo _ed do passado e particípio
passado dos verbos regulares, e não de adjetivos, como por exemplo:
naked /neykId/ e rugged /râgId/.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #210: Filling expressions
Prezado Ricardo,
Sendo redundante: Parabéns pelo maravilhoso site!
Pergunta: Como entender e aplicar as funções do vocábulo
inglês "JUST"? Obrigado! Carlos Humberto Barboza Gomes
<chbg*mac.sol.com.br> April 3, 99
A: Prezado Carlos,
Just é uma espécie de filling word. Uma
daquelas palavras usadas em demasia, que a gente enfia em qualquer espaço
que a frase ofereça. Normalmente não faz diferença
se just está ou não presente na frase. Essas expressões,
também chamadas de stereotyped conversation fillers, ocorrem
predominantemente em conversação. Veja outras expressões
semelhantes:
- well ...,
let me see ...,
you know ...,
you know what I mean ...,
I mean ...,
what I want to say is ...,
to tell you the truth ...,
to be honest ...,
quite frankly ...,
I must say ...,
as a matter of fact ...,
basically ...,
generally speaking ...,
how do you say ...,
like ...,
kind of ...,
sort of ....
Todas as línguas, inclusive o português, possuem este
tipo de expressões. Por exemplo: tipo, sabe, sabe como é que
é, pois é. A única função que cumprem é a de
dar tempo ao falante para pensar, mas o seu uso deixa transparecer insegurança.
Michael Swan em Practical English Usage (p. 159) oferece um belo exemplo:
- Why did you do that?
- Oh, well, you know, I don't know, really, I mean, it just sort of seemed a
good idea.
Na sua maioria, são palavras desgastadas, que permanecem por simples
hábito,
assim como os advérbios realmente, efetivamente e evidentemente,
que de tanto serem usados sem necessidade, perderam seus significados e acabaram
se tornando um estorvo ao claro entendimento da mensagem. São como cosméticos:
a intenção é melhorar, mas acabam piorando.
Originalmente just significa apenas, exatamente, nem mais
nem menos, etc.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
PERGUNTAS & RESPOSTAS:
ÍNDICE
JULHO 2005 - DEZEMBRO 2006 | JANEIRO - JUNHO 2005
JULHO - DEZEMBRO 2004 | JANEIRO - JUNHO 2004
JULHO - DEZEMBRO 2003 | ABRIL - JUNHO 2003
JANEIRO - MARÇO 2003 | OUTUBRO - DEZEMBRO 2002
JULHO - SETEMBRO 2002 | ABRIL - JUNHO 2002
JANEIRO - MARÇO 2002 | OUTUBRO - DEZEMBRO 2001
JULHO - SETEMBRO 2001 | ABRIL - JUNHO 2001
JANEIRO - MARÇO 2001 | OUTUBRO
- DEZEMBRO 2000
JULHO - SETEMBRO 2000 | ABRIL - JUNHO 2000
JANEIRO - MARÇO 2000 | OUTUBRO
- DEZEMBRO 99
JULHO - SETEMBRO 99 | ABRIL - JUNHO 99
JANEIRO - MARÇO 99 | OUTUBRO - DEZEMBRO 98
JULHO - SETEMBRO 98 | JANEIRO - JUNHO 98
MARÇO - DEZEMBRO 97 | SETEMBRO 96 - MARÇO
97
Mande suas consultas para um dos endereços abaixo
e nós responderemos com a maior brevidade possível. As perguntas
interessantes, juntamente com as respostas, serão publicadas com
o nome do autor.
Menu
Principal | Mensagens
Recebidas do Público
Nossa
Missão | Nossa
Equipe | Patrocinadores