O que tem ocorrido ao longo do tempo é que a responsabilidade sobre o papel formador das aulas de Línguas Estrangeiras tem sido, tacitamente, retirado da escola regular e atribuído aos institutos especializados no ensino de línguas. Assim, quando alguém quer ou tem necessidade, de fato, de aprender uma língua estrangeira, inscreve-se em cursos extracurriculares, pois não se espera que a escola média cumpra essa função.
Às portas do novo milênio, não é possível continuar pensando e agindo dessa forma. É imprescindível restituir ao Ensino Médio o seu papel de formador. Para tanto, é preciso reconsiderar, de maneira geral, a concepção de ensino e, em particular, a concepção de ensino de Línguas Estrangeiras.
...o Ensino Médio possui, entre suas funções, um compromisso com a educação para o trabalho.
Es por esto, que las escuelas deben de considerar un desarrollo multicultural en sus salones de clase para proveer un ambiente social que apoye el aprendizaje del niño y la adquisisión de un segundo idioma.
A atual transformação do mundo em direção a uma comunidade globalizada é mais rápida do que parece. No Brasil, pais conscientes das exigências deste mundo moderno e preocupados em proporcionar o melhor para seus filhos, precisam hoje gastar, além dos cerca de 12.000 reais por ano de escola secundária particular, mais 4.000 em cursos de inglês. As escolas, por sua vez, sem terem uma visão clara de o que significa "aprender inglês", e insistindo numa abordagem ao ensino de línguas inspirada ainda em metodologia do início do século, comprovadamente ineficaz, deixam de cumprir plenamente com suas atribuições: a de proporcionar as ferramentas básicas necessárias ao indivíduo de uma sociedade em processo de globalização irreversível.
Compete portanto às escolas de Ensino Fundamental e Médio criar centros de convívio que proporcionem ambientes multiculturais de language acquisition para complementar o ensino convencional de inglês (fortemente inspirado em language learning) já normalmente oferecido. Esses centros de convívio em língua estrangeira devem contar com a participação de falantes nativos na coordenação das atividades, e podem ser complementados com convênios junto a escolas no exterior e programas de intercâmbio cultural. Tais centros de language acquisition poderiam vir a servir como etapa intermediária no processo de implementação de educação bilíngue, onde determinadas matérias do currículo escolar são ministradas em língua estrangeira, a exemplo das escolas internacionais encontradas nos grandes centros.