ARQUIVO 12 - PERGUNTAS E RESPOSTAS DE JULHO A SETEMBRO 2000
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CUSTO: Mestrados nos EUA são em geral caros, mas podem variar muito, conforme a universidade. Nas universidades públicas estaduais, esta variação vai de US$2.500 a US$15.000 por ano, não incluindo acomodações. Este custo nas universidades particulares pode variar de US$5.000 a US$20.000.
Um fator que influencia significativamente o custo de um programa é a localização da universidade. Cidades grandes e áreas turísticas como Nova Iorque e o Havaí, por exemplo, podem ter um custo de vida 2 ou 3 vezes mais caro do que cidades pequenas.
QUALIDADE: Não existe nenhuma classificação plenamente confiável de instituições de curso superior quanto à sua qualidade. Portanto, não há porque se preocupar muito com a reputação da universidade. A maioria é excelente quando comparada a universidades brasileiras. Além disso, o sucesso na carreira acadêmica pode depender mais do próprio aluno do que do meio acadêmico em que estiver.
REQUISITOS: O grau de exigência para admissão é outro fator crucial, pois de que adiantaria termos condições de pagar se não conseguíssemos passar no processo de seleção. Os requisitos para se submeter ao processo de seleção são:
Para muitos, o ideal é primeiro se matricular num departamento de ESL de uma dessas universidades e viajar. Assim você estaria de imediato aprimorando seu inglês e dessa forma preenchendo um requisito importante, ao mesmo tempo em que estaria se familiarizando com o ambiente acadêmico, falando pessoalmente com professores e orientadores de MBA não apenas de uma universidade, analisando melhor suas alternativas. O que você economiza numa decisão bem tomada pode compensar com folga o custo adicional de um semestre a mais no programa de ESL.
A University of Wisconsin at Stevens Point (UWSP), cujo departamento de inglês (ESL) tem representante no Brasil, é uma que podemos lhe recomendar. Um dos departamentos fortes da UWSP, é o de Business Administration, que oferece as seguintes áreas de especialização:
Stevens Point é uma cidade pequena, bucólica, que se caracteriza pelo meio ambiente bem preservado e custo de vida baixo. A UWSP também tem um custo baixo comparada a outras universidades. Uma vantagem que você teria estudando inglês na UWSP, é que você terá a possibilidade de ser aceito em algumas cadeiras, antes mesmo de ter alcançado o escore TOEFL necessário, se o diretor do programa ESL assim recomendar. Você também poderá ir se familiarizando com o ambiente, funcionamento e possibilidades da biblioteca, assistir aulas do programa de mestrado como ouvinte, etc. Veja ESL na Universidade de Wisconsin. Veja também: Mestrados e Doutorados nos EUA.
In my opinion one should not speak of a "relationship" between linguistics and psychology, because linguistics is part of psychology. (Noam Chomsky, Language and Responsibility, 43)
"El proceso de adquisición de la segunda lengua se considera un proceso de aprendizaje de vida, ..." (Anna. I. Escalante, St Thomas University, Houston TX 05/1997)
"Acquisition requires meaningful interaction in the target language - natural communication - in which speakers are concerned not with the form of their utterances but with the messages they are conveying and understanding." (Stephen Krashen, Second Language Acquisition and Second Language Learning, 1)
CALL, como o próprio nome diz, refere-se ao uso de tecnologia para learning (estudo formal), enquanto que o grande centro de atenções hoje volta-se ao uso de psicologia para acquisition. Desde que livros começaram a ser impressos em maior escala em fins do século 19, tecnologia começou a ser usada como ferramenta de auxílio ao ensino. Em meados deste século, por exemplo, a tecnologia de reprodução sonora prometia uma revolução através dos language labs. Veja o que David Crystal hoje diz a respeito:
When these laboratories were first introduced, they were heralded as a technique that would vastly improve the rate and quality of language teaching. ... Many schools were quick to install expensive laboratory equipment. However, within a few years, it became apparent that there would be no breakthrough. The expected improvements did not emerge, and the popularity of the 'language lab' showed a marked decline. (David Crystal, The Cambridge Encyclopedia of Language, 381)
Veja o que H. Douglas Brown diz:
language learning and teaching are recognized as personal encounters. The affective domain has taken on primary importance as we recognize in human communication the building of interpersonal relationships through social interchange. We understand more convincingly than ever before that learners will achieve their fullest potential in language classes when they are intrinsically driven by their own personal need for gaining competence in a language. (H. Douglas Brown, Principles of Language Learning and Teaching, 291 - meus sublinhados)
"So I was in a sales mode, and I got to thinking", he told the Philadelphia Inquirer, which ran a photo of the couple sitting among their corporate-sponsored wedding gifts in its Sunday edition.
A: Prezado Leo, Você está certo nas suas conclusões, porém sua explicação não está plenamente correta. Realmente, os pronomes relativos WHO e WHICH nem sempre podem ser substituídos por THAT. Entretanto, o fator que determina se o pronome relativo THAT pode ser usado ou não como substituto de WHO e WHICH não é a(s) vírgula(s), mas sim o tipo de oração em questão. Como você mencionou, há dois tipos de orações subordinadas que iniciam com pronomes relativos: adjetivas restritivas (restrictive relative clause) e adjetivas explicativas (nonrestrictive relative clause). Veja as definições:
RESTRICTIVE: Is the relative clause that provides essential information about the noun it modifies. The noun is a member of a class which can be identified only through the modification that has been supplied.
NONRESTRICTIVE: Is the relative clause that provides information about the noun it modifies but is not essential to understanding the meaning of the noun (they don't restrict meaning). The noun is independently identified. The modification is only additional information (explicativa: apenas ajuda a explicar).
Se a oração subordinada for restrictive, os pronomes relativos WHO e WHICH podem e, de preferência, devem ser substituídos por THAT, e a oração subordinada não deve ser separada da principal por vírgula. Ex: Students who work hard pass their exams. / Students that work hard pass their exams. Subentende-se aqui que há outros estudantes que não se esforçam. Snakes which are poisonous should be avoided. / Snakes that are poisonous should be avoided. Subentende-se neste exemplo que nem todas as cobras são venenosas. Se a oração subordinada for nonrestrictive, os pronomes relativos WHO e WHICH não devem ser substituídos por THAT, e a oração subordinada deve ser separada da principal por vírgula. Ex: My brother, who lives in America, is an engineer. Subentende-se aqui que a pessoa está falando de um único irmão; não de um dentre outros 4 ou 5. Ann thanked her teacher, who had been very helpful. The large house in this photograph, which many people have tried to buy, has been built with the best materials available. Rattlesnakes, which are poisonous, should be avoided. Veja o que o Chicago Manual of Style diz sobre o assunto e a ambiguidade de interpretação que resulta se a vírgula não for usada:
- A distinction has traditionally been made between the relative pronouns which and that, the latter having long been regarded as introducing a restrictive clause, and the former, a nonrestrictive one. Although the distinction is often disregarded in contemporary writing, the careful writer and editor should bear in mind that such indifference may result in misreading or uncertainty, as in the sentence below.
- Ambiguous:
- - The report which Marshall had tried to supress was greeted with hilarity.
- Which of the following is meant?
- - The report, which Marshall had tried to suppress, was greeted with hilarity.
- (Neste caso ficaria subentendido que existe uma única reportagem, à qual estamos nos referindo.)
- or
- - The report that Marshall had tried to suppress was greeted with hilarity.
- (Neste último caso ficaria subentendido que haviam mais reportagens, mas estamos nos referindo a uma determinada reportagem, aquela que o Marshall tentou suprimir.)
- REFERENCES:
- Quirk, R. and S. Greenbaum, G. Leech and J. Svartvik - A Comprehensive Grammar of the English Language - Longman 1985
- The Chicago Manual of Style - University of Chicago Press 1993
Veja o comentário do linguista norte-americano Kirk Terry a respeito de sua pergunta:
I'm glad you brought this query to my attention. Interestingly, we were discussing this very subject at work today. In spoken English (the variety I speak anyway) it is rare we pay a lot of attention to using which or that. In fact, when I was editing something, my other editor pointed out that I was wrong. The person who wrote you is right, however. If there is a comma before the clause, you would use which. However, if I were teaching spoken American English, I wouldn't bother to correct someone who used that. If the phrase were "In the paper that comes out on Thursday, I read a great article" then that would be used. If the phrase were "In Nuvo, which comes out on Thursday, I read a great article" which would be used. My point is that in everyday speech, you hear "In the paper which comes out..." as much as you hear that. In this last construction, I would assume the speaker is more pedantic. Kind of like when "educated speakers" say "That's between she and I" because they're used to being corrected for beginning sentences with "Her and me..." That's another e-mail, however.
- Kirk Terry
- Atenciosamente, Ricardo e Kirk - EMB
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