The limits of my language are the limits of my world.
Educação infantil bilíngue está na moda. Atualmente existe uma onda de escolas bilíngues no Brasil. Não existe, entretanto, uma definição clara do que seja uma escola bilíngue. Será que essas escolas que se dizem bilíngues realmente têm capacidade para entregar o que prometem – plena fluência aos seus alunos em duas línguas? Quais componentes são necessários para se considerar uma escola bilíngue? É claro que assim como a troca de embalagem não altera o produto, não é o nome dado ao ensino de línguas que vai alterar sua eficácia. Portanto, autodenominar-se "escola bilíngue" não significa que realmente o seja.
Escolas bilíngues atuam principalmente na faixa infantil. São fruto de uma nova realidade e se constituem numa reação à baixa eficácia dos cursos de línguas tradicionais, frente às exigências do mundo atual. Partem do fato de que o aprendizado de línguas é muito mais eficaz na infância e de que, no mundo conectado de hoje, a maioria dos jovens já tem contato e certa familiaridade com a língua inglesa. Oferecem atividades onde a língua não é objeto de estudo, mas sim instrumento de comunicação em atividades lúdicas e educacionais diversas. Para isso dispõem (ou deveriam dispor) de um corpo de tutores nativos (ou quase nativos) para criar um ambiente de língua e cultura estrangeira autêntico, que viabilize aos aprendizes, além de bilinguismo, a construção de uma identidade cultural eclética.
São três os requisitos mais importantes para que um programa bilíngue na educação infantil tenha êxito e faça jus ao nome:
Ocorre um segundo problema quando o professor não é um autêntico representante da língua e da cultura estrangeira. Crianças, ao perceberem que a professora fala português, dificilmente se submeterão à difícil e frustrante artificialidade de usar um meio de comunicação estranho com um conterrâneo.
Outra qualificação importante do facilitador é sentir empatia pelos pequenos aprendizes. Trata-se de um traço de personalidade, característica nata que faz a pessoa sentir-se bem na presença de crianças e, de forma natural, estabelecer uma conexão afetiva com cada um dos aprendizes.