English Made in Brazil
--------- E
D U C A T I O N A
L S I T E ----------
----------------------------------------------------------------------------------
Schütz &
Kanomata - ESL
NATIVE SPOKEN ENGLISH
PATROCINADOR
ARQUIVO 4 - PERGUNTAS E RESPOSTAS DE JULHO A SETEMBRO DE 98
Este foro é aberto ao público.
Todos são convidados a perguntar, questionar, divergir, opinar,
ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões para um dos endereços
abaixo e nós responderemos com a maior brevidade possível.
As mensagens interessantes, juntamente com as respostas, serão publicadas
com o nome do autor.
As opiniões aqui emitidas
não são de responsabilidade dos patrocinadores deste site.
Conheça aqui
a equipe do English Made in Brazil
Q #154: Separação silábica em inglês
Este site é ótimo, parabéns. Meu nome é Simone e preciso muito aprender a
separação de sílabas na Língua Inglesa, pois meus alunos estão
me questionando a esse respeito. Se puderem me enviar algum material ou
melhor, referências bibliográficas para que eu possa comprar
livros e estudar o assunto eu agradeço muito. Um abraço.
Simone <nsantunes*ineparnet.com.br>
Sep 29, 1998.
A: Prezada Simone,
Lembre-se que inglês é uma língua stressed-timed,
e não syllable-timed como o português do Brasil. (Veja
mais sobre isso aqui.) Talvez por essa razão, em inglês,
não existe uma única abordagem à questão da
hifenização de palavras no ponto de quebra da linha. Enquanto
que em português ela é silábica, isto é, fonética,
em inglês britânico ela é preferencialmente morfológica,
e no inglês norte-americano a hifenização tende a ser
fonética. Não existe, entretanto, consenso entre diferentes
dicionários, e a regra geral a ser seguida é a de que o objetivo
maior é sempre distrair o leitor o mínimo possível
no ponto de quebra da linha. Portanto, com os novos recursos oferecidos
pela microinformática, a necessidade de hifenização
ficou reduzida significativamente, bem como sua importância. Veja
o que Quirk, Greenbaum, Leech e Svartvik dizem a respeito:
- The hyphen's function ... is twofold. First, it is used
to separate a word in two parts between the end of one line of text and
the beginning of the next. Since the printer can vary the space between
words, he uses his skill and ingenuity to avoid dividing words in this
way (especially in books), more than is absolutely necessary. When division
is unavoidable, it is made at a natural point in the structure of a word.
That is, one would not leave str- at the end of a line and begin
the next with ucture. But there can of course be much difference
of opinion as to what constitutes a 'natural' point. AmE practice is to
respect the phonologically natural points - in other words, syllable division;
this would divide structure at struc-. BrE practice is to
give more weight to morphological and etymological considerations, being
thus more inclined to make a break in the word at struct-. With
many words the different criteria give the same result, however, so the
net difference in usage is slight. (Quirk, 1057)
Veja mais sobre esse assunto nos seguintes livros:
- Quirk, Randolph
and S. Greenbaum, G. Leech and J. Svartvik - A Grammar of Contemporary
English - Longman, 1980.
- McArthur, Tom
The Oxford Companion to the English Language. New York: Oxford University
Press, 1992.
- The New York
Public Library, The New York Public Library Writer’s Guide to Style
and Usage. Harper-Collins, 1994.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #153: Dear Mr. or Mrs.,
Here is Sheilla from Cuiabá. Last year I needed information for
an English course in the USA and you promptly sent me information, it was
very useful. This time I want to go there to take a master course or an
extension course. I`m a biologist and I would like to study Genetics or
any area related to Oncology, Parasitology. I`m married and my husband
would like to study there as well. He intends to study in the Business
and Marketing area. If you know any kind of program in the same city for
us and if you can send me information about it, the cost or if it's possible
to have any kind of scholarship, I`ll really apreciate that. I`ll be waiting
for further information.
Your faithfully, Sheilla <manzano*nutecnet.com.br> Sep 27, 1998.
A: Dear Sheilla,
Nice to hear from you again.
There are 12 universities in the US offering graduate programs in Parasitology,
about 115 in Genetics, about 450 in Biology & Biomedical Sciences,
and more than 650 in Business Administration & Management. As for Oncology,
I think it is considered a branch of Biology & Biomedical Sciences.
Therefore, you should first make a decision regarding your study subject.
If you decide to go for Parasitology, you can start considering the 12
universities. Most of them also have graduate programs in the business
area. However, if your decision is for Biology, your choice will be more
difficult. Anyway, here is the list of 12 universities with Parasitology
graduate programs:
Johns Hopkins U.
Louisiana State U. - Medical Center
McGill U.
New York U.
Oklahoma State U.
Oregon State U.
Purdue U. (West Lafayette)
Tulane U.
U. of California, Berkeley
U. of Georgia
U. of Notre Dame
U. of Pennsylvania
Regards, Ricardo - EMB
Q #152: alveolar stops (oclusivas alveolares)
Olá. Na minha opinião uma das coisas mais complicadas na pronúncia
do inglês são os alveolar stops. Gostaria de saber
quando e como usá-los e também se existe um modo de praticá-los.
Obrigado, Maria Jose Ramos de Moncada Cunha <dany*radnet.com.br> Sep
21, 1998.
A: Prezado Amigo,
1) As alveolar stops (oclusivas alveolares) do inglês /t/ e
/d/ correspondem em português a oclusivas cujo ponto de articulação não
é exatamente alveolar, mas alveolar-dental, isto é, ligeiramente mais para a frente.
Esta diferença, entretanto, não causa maiores problemas. O grande problema surge,
tanto para estudantes de ESL como de PSL, quando /t/ e /d/ ocorrerem
antes de /iy/ ou /I/, com forte probabilidade de erro fonológico.
Em português (com exceção de alguns dialetos do nordeste brasileiro, de Santa
Catarina e da região da fronteira gaúcha) não existe [ti] nem [di].
Sempre que /t/ ou /d/ ocorrem antes de /i/, transformam-se
respectivamente em [tshi] e [dji], como nas palavras leite [leitshi]
e pode [pódji]. Se esta interpretação for transferida ao inglês, neutralizará
o contraste entre palavras como:
till [tIl] - chill [tshIl]
tip [tIp] - chip [tshIp]
deep [diyp] - jeep [djiyp]
2) FLAPPING RULE
Um segundo problema envolvendo as oclusivas alveolares é o fenômeno observado
no dialeto norte-americano conhecido como flapping rule. Esta regra
explica a transformação ("enfraquecimento") dos fonemas /t/ e /d/ em [Ð]
(parecido com o "r" fraco do português) sempre que eles ocorrerem entre vogais,
sendo a primeira tônica. Exemplo de palavras em que ocorre o flapping:
better, butter, city, water, writer, matter,
automatic, category, demonstrated, etc.
Se compararmos a articulação da flapped consonant [Ð]
do inglês com o fonema /r/ como em para ['paÐa] do português,
veremos que trata-se de duas consoantes parecidas a ponto de permitir uma simples
transferência de uma língua para outra.
- O fenômeno ocorre mesmo em palavras como quarter, order e porter.
O fato das oclusivas alveolares /t/ e /d/ serem precedidas de /r/ em
vez de uma vogal tônica como prescreve a regra, não invalida a regra, uma
vez que, se observarmos atentatmente, veremos que o fonema /r/, na
verdade, é praticamente
assimilado pela vogal tônica que o precede.

- Observa-se ainda a ocorrência de flapping quando as oclusivas alveolares
/t/ e /d/ são precedidas pelo fonema nasal /n/, como nas
palavras Internet, Pentagon, Pontiac, twenty, plenty, etc.
Como no caso do fonema /r/,
a nasal /n/ é assimilada pela vogal tônica que o precede.
- Observa-se também a ocorrência de um enfraquecimento das oclusivas alveolares numa espécie de flapping lateral
quando elas precedem o fonema consoante sonoro /l/, como nas
palavras little, battle, poodle, etc.

- O flapping ocorre mesmo ao longo de palavras justapostas como por exemplo: let it be, a lot of trouble,
a cat on the roof.
3) Permita-me aqui discordar quanto ao grau de importância destes problemas
acima discutidos, referentes às consoantes oclusivas alveolares. Na minha opinião
os problemas de pronúncia envolvendo vogais são mais persistentes bem como carregam
maior probabilidade de mal-entendidos.
Em sistemas fonológicos com um grande número de fonemas vogais, como é o caso
do inglês, a diferenciação entre cada um tende a ser mínima. Parte do problema
deve-se ao fato de que não existem delimitações claras e precisas entre vogais.
No estudo da fonologia, a descrição e a classificação das consoantes é muito mais
fácil. Um som pode ser uma oclusiva ou uma fricativa, mas dificilmente poderá
ser classificado como algo intermediário. É perfeitamente possível, entretanto,
produzir um som intermediário entre uma vogal alta e uma média. Portanto, talvez
seja este o problema maior não apenas para aqueles que falam português como língua
mãe, mas para todos aqueles cujas línguas não possuem um espectro vocálico tão
grande quanto o inglês. O número elevado de vogais com relevância fonêmica no
inglês é portanto um aspecto de importância maior do que a maioria dos problemas
fonológicos envolvendo consoantes. Obrigado pela sua participação.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #151:Pronomes interrogativos na função de sujeito
Ricardo, Você poderia me esclarecer a seguinte dúvida? Por que verbos como "happen"
e "interview" não necessitam do auxiliar did para perguntas? Existem
outros verbos com os quais isto ocorre? Você poderia me indicar quais são eles?
<campos*aol.com.br> Sep 20, 1998.
A: Prezados Wagner e Regina,
Isso não depende do verbo; acontece sempre que o pronome interrogativo estiver
na função de sujeito. Compare os exemplos:
- Who killed the man? - (Sujeito: who; objeto: the man)
- Who did the man kill? - (Sujeito: the man; objeto: who)
- What happened? - (Sujeito: what)
- When did it happen? - (Sujeito: it)
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #150: Na pronúncia de "with", o "th"
tem duas possibilidades de pronúncia, a saber: "voiced" e "unvoiced".
Quando eu uso qual? Há uma regra de uso pelos nativos ou o mesmo e aleatório?
Marco de Pinto <m_de_pinto*hotmail.com> Sep 20, 1998.
A: O _th final da preposição with será voiced
se o fonema que segue for uma vogal ou uma voiced consonant. Será voiceless
se o fonema que segue for uma voiceless consonant.
Ex: with a hammer - voiced
with five hammers - voiceless
Q #149: Eu já vi "blow the candles out" e
"blow out the candles". Neste caso e em outros similares pode-se dizer
que a ordem não importa? Isso é válido sempre? Marco de Pinto <m_de_pinto*hotmail.com>
Sep 20, 1998.
A: Existem duas categorias de two-word verbs: separable
ou phrasal verbs (provavelmente a maioria) e inseparable
ou prepositional verbs.
Exemplo de separable:
I handed my paper in yesterday. / I
handed in my paper yesterday. / I handed it in yesterday.
Exemplo de inseparable:
I ran into an old friend yesterday. I ran
into her yesterday.
Blow out é separable portanto seus dois exemplos estão certos.
Mais exemplos de two-word verbs:
TWO-WORD VERBS
|
PHRASAL VERBS
(SEPARABLE)
|
PREPOSITIONAL VERBS
(INSEPARABLE)
|
back up (somebody)
|
add to (the bill)
|
blow up (a ship)
|
allow for (delays)
|
break off (our relations)
|
apply for (a post)
|
bring about (a change)
|
approve of (an action)
|
bring up (children)
|
attend to (the matter)
|
burn up (a house)
|
call on (a friend)
|
catch on (understand)
|
care for (somebody)
|
fill out (a form)
|
comment on (the results)
|
find out (a secret)
|
conform to (a standard)
|
get over (an idea)
|
consent to (the proposal)
|
give up (surrender)
|
get over (a cold)
|
hang up (the coat)
|
go into (the building)
|
look up (words in a dictionary)
|
insist on (something)
|
make up (a story)
|
look at (something)
|
pass over (a question)
|
look for (someone)
|
pick up (someone)
|
listen to (music)
|
put away (something in its place)
|
live on (a small salary)
|
put back (something somewhere)
|
object to (something)
|
put down (the newspaper)
|
refer to (a dictionary)
|
put out (a cigarette)
|
resort to (violence)
|
take back (a purchase)
|
run into (an old friend)
|
take off (the coat)
|
run over (something)
|
take up (English)
|
send for (something)
|
throw away (the old newspapers)
|
|
try on (a dress)
|
|
turn down (a job offer)
|
|
turn off (the light)
|
|
work out (a puzzle)
|
|
Não deixe de ver uma listagem bem mais completa em Multi-Word
Verbs.
Veja também Preposition-Dependent
Words.
Q #148: A idade e o aprendizado de línguas
(Por que crianças aprendem mais rápido?)
Estou fazendo um trabalho sobre a dificuldade do adulto para aprender uma língua
estrangeira. Gostaria de saber por que isso acontece, se é algum trauma durante
a aprendizagem na escola, má metodologia educacional, enfim o quê? E gostaria
de saber também por que a criança tem mais facilidade para aprender uma segunda
língua. Sem mais, Adriana do Amaral <adri*iel.unicamp.br> Sep 19, 1998.
A: Prezada Adriana,
Obrigado por sua participação e desculpe a demora em
responder.
Já na Babilônia e no antigo Egito o homem buscava entender
a complexidade de suas habilidades cognitivas, e especialmente a capacidade
de assimilar e utilizar línguas.
O que a psicologia e a linguística hoje conhecem, e que aceita-se de forma
geral, é uma série de hipóteses que procuram explicar esta habilidade do ser humano.
Essas hipóteses são resultado de estudos científicos, que ajudam a explicar não
só o desempenho cognitivo do ser humano, mas as diferenças entre crianças e adultos.
Em primeiro lugar, sabe-se que existe uma idade crítica, a partir da
qual o aprendizado começa a ficar mais difícil e o teto começa
a baixar. Este período parece situar-se entre os 12 e os 14 anos, podendo
entretanto variar muito conforme a pessoa e, principalmente, conforme as características
do ambiente linguístico em que o aprendizado ocorre. As limitações
começam a se manifestar a partir da puberdade e são fundamentalmente
de pronúncia.
O estudo dos diferentes fatores que afetam o desenvolvimento cognitivo do ser
humano pode ajudar a explicar o fenômeno da idade crítica. Os principais
fatores são:
- fatores biológicos
- fatores cognitivos
- fatores de ordem afetiva
- o ambiente e o input linguístico
FATORES BIOLÓGICOS
Os órgãos diretamente envolvidos na habilidade linguística
do ser humano são o cérebro, o aparelho auditivo e o aparelho
articulatório (cordas vocais, cavidades bucal e nasal, língua,
lábios, dentes). Destes, sem dúvida, o cérebro é
o mais importante. Pesquisas no campo da neurologia já demonstraram
que os dois hemisférios cerebrais desempenham diferentes funções.
O lado esquerdo é o lado lógico, analítico, enquanto
que o direito, é o lado criativo, artístico, responsável
pelas emoções. Sabe-se também que a lateralização
do cérebro ocorre a partir da puberdade. Ou seja, no cérebro
de uma criança os dois hemisférios estão mais interligados
do que no cérebro de um adulto. Possivelmente a assimilação
da língua ocorre via hemisfério direito e é sedimentada
no hemisfério esquerdo como habilidade permanente. Portanto o desempenho
superior das crianças estaria relacionado à maior interação
entre os dois hemisférios cerebrais. Outros pesquisadores também
sugeriram que uma possível maior acuidade auditiva bem como uma
maior flexibilidade muscular do aparelho articulatório de sons das
crianças também podem ajudar a explicar o fenômeno
da superioridade infantil no processo de assimilação de línguas,
principalmente na parte de pronúncia.
FATORES COGNITIVOS
Outra diferença interessante entre crianças e adultos,
agora quanto à suas habilidades cognitivas, é que o adulto
tem a capacidade de lidar com conceitos abstratos, enquanto que a cognição
das crianças depende fundamentalmente de experiências concretas,
de percepção direta. Isto explica uma capacidade superior
dos adultos de compreender a estrutura gramatical da língua estrangeira
bem como de sua própria língua materna. Stephen
Krashen, entretanto, em sua hipótese learning/acquisition,
hoje amplamente aceita, estabelece uma distinção clara entre
learning (acumular informações e conhecimento através
de estudo formal, por meio de esforço intelectual e de capacidade
de raciocínio lógico) e acquisition (desenvolver habilidades
através de assimilação natural, intuitiva, inconsciente).
Embora Krashen defenda a importância maior de acquisition
sobre learning referindo-se a adolescentes e adultos, é lógico
deduzirmos que acquisition está mais intimamente ligado aos
processos cognitivos do ser humano na infância. Portanto, uma vez
que proficiência linguística pouco depende de informações
e conhecimento, mas sim de habilidade funcional assimilada na prática,
através de experiências concretas, fica com mais clareza evidenciada
a superioridade das crianças.
FATORES AFETIVOS E PSICOLÓGICOS
A hipótese conhecida como affective filter, também
de Stephen Krashen, é outro aspecto importante que influi no aprendizado
de línguas. Fatores de ordem psicológico-afetiva podem causar
um impacto direto na capacidade de aprendizado, tais como:
- perfeccionismo: tendência a preocupar-se excessivamente
com a forma; ideia radicalizada do conceito de certo e errado em
se tratando de línguas. A pessoa prefere não correr o risco
de cometer deslizes.
- falta de autoconfiança: talvez causada por traumas durante
a educação recebida em casa ou na escola, e pela radicalização
do conceito de certo e errado em se tratando de língua.
- dependência da eloquência: A precisão
e elegância no falar é uma conquista alcançada ao longo
da vida, fruto de uma carreira acadêmica. Essa habilidade com nossa
língua materna representa segurança e poder, dos quais
é difícil abrir mão. Isso torna a tarefa de começar
de novo na língua estrangeira, do quase nada, aos tropeços,
de forma rudimentar, como se pouco inteligente fôssemos, extremamente
frustrante.
- autoconsciência: capacidade de imaginar o que os outros
podem pensar e preocupar-se com isso.
- ansiedade: expectativa excessiva de obtenção de
resutados. Muitas vezes causada por excesso de cobrança por parte
dos pais.
- provincianismo: atitude de se fechar naquilo com que se identifica,
seu jeito de ser e de falar, de se sentir inseguro fora deles - problema
frequentemente observado em adolescentes.
- desmotivação: resultado da frustração
de não se conseguir proficiência através do estudo
formal.
Ora, todos esses bloqueios são resultado da vida pregressa do
indivíduo, podendo ocorrer portanto unicamente em adolescentes e
adultos. Fica, pois, novamente evidenciado que as crianças, livres
de tais bloqueios, devem ter uma capacidade de assimilação
superior à dos adultos.
O AMBIENTE E O INPUT LINGUÍSTICO
Novamente Krashen, em sua comprehensible input hypothesis, sustenta
que assimilação de línguas ocorre em situações reais, quando a pessoa está exposta
a formas da língua que estejam um pouco acima (não muito acima) de sua capacidade
de entendimento. Ora, é notório o fato de que quando adultos se dirigem à crianças,
usam um linguajar próprio, modificado tanto no plano estrutural como no vocabulário,
para se aproximar ao nível de comprehensão da criança. Já no ambiente em que adultos
vivem, eles não recebem o mesmo tipo de tratamento. Uma vez que são adultos, a
linguagem a eles dirigida tende a ser mais complexa e os assuntos mais abstratos.
Desta forma, podemos concluir que até o ambiente de convívio humano das crianças
é mais propício ao aprendizado de línguas do que o ambiente dos adultos.
CONCLUSÕES:
- Todos desenvolvem proficiência em línguas
estrangeiras mais através de acquisition (desenvolvimento
de habilidades através de assimilação natural, intuitiva,
inconsciente, em ambientes de interação humana) do que de
learning (acúmulo de informações e conhecimento
através de estudo formal, por meio de esforço intelectual
e de capacidade de raciocínio lógico), especialmente crianças.
- A criança, mais do que o adulto, precisa
de contato humano. Crianças têm grande resistência ao
aprendizado formal, artificial e dirigido. Elas só procuram assimilar
e fazer uso da língua estrangeira em situações de
autêntica necessidade, construindo seu próprio aprendizado
a partir de situações reais. Ao perceberem que a pessoa que
deles se aproxima fala sua língua materna, dificilmente se submetem
à difícil e frustrante artificialidade de usar outro meio
de comunicação.
- O ritmo de assimilação das crianças
é mais rápido, e o teto, mais alto.
- Existe uma idade crítica (12 a 14 anos),
a partir da qual o ser humano gradativamente perde a capacidade de assimilar
línguas ao nível de língua materna. Essa perda
é mais perceptível na pronúncia. Até os 12
ou 14 anos de idade, a criança que tiver contato suficiente com
o idioma, o assimilará de forma tão completa quanto a língua
mãe.
- É grande a responsabilidade ao se colocar
crianças que ainda não atingiram a idade crítica,
em clubes, cursinhos ou escolinhas que oferecem inglês. Se os instrutores
tiverem uma proficiência limitada, com sotaque e outros desvios que
normalmente caracterizam aquele que não é nativo, todos os
desvios serão transferidos à criança, podendo causar
danos irreversíveis. Seria como colocar a gema bruta nas mãos
de um lapidador aprendiz.
- O momento e a forma ideal de se alcançar
proficiência em línguas estrangeiras é a idade escolar.
Sendo bilinguismo uma qualificação básica do
indivíduo na sociedade moderna, compete às escolas primária
e secundária proporcionar ambientes puros de language acquisition.
- É grande a responsabilidade do poder público
em abrir urgentemente as fronteiras culturais, facilitando a vinda de falantes
nativos de línguas estrangeiras através de um enquadramento
legal específico e burocracia simplificada, bem como incentivando
a criação de organizações voltadas a intercâmbio
linguístico e cultural e promovendo a isenção
fiscal das mesmas.
Obrigado pela inteligência de sua pergunta, o que representa
um incentivo ao nosso trabalho.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #147: Substivos adjetivados, adjetivos compostos, genitivo
Gostaria de saber qual é o correto: table leg ou table-leg ou the
leg of the table. Como saber quando usar a construção com "of",
quando usar o hífen e quando não usar o hífen? Por favor, aguardo sua resposta.
Leo<leog*zaz.com.br> Sep 16, 98.
A: Prezado Leo,
Todas as formas são corretas.
This is a table leg, not a chair leg. Significa: isto é
uma perna de mesa, daquelas que se usa em mesas e não uma perna
de cadeira.
This is table-leg wood. Significa: isto é madeira do
tipo usado em pernas para mesa.
The leg of the table is broken. Significa: a perna da mesa está
quebrada. Veja aqui mais sobre adjetivação
de substantivos e genitivo.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #146: Diferenças estruturais e traduções
Prezados amigos: Visitei vossa página e já está incluída entre
as minhas favoritas: Tenho a seguinte pergunta: Existe uma lógica
de arrumação das palavras quando traduzidas do inglês para o português?
Por exemplo: 1 - Adjetivo + 2 - Substantivo --- gera Substantivo + Adjetivo
ou seja, (2, 1 ) Além desses casos existem outros com outras categorias
gramaticais? Podem me informar alguns outros casos que basicamente são regras
(ainda que haja exceção)?
No aguardo, Cordialmente, Marins - "PAC Ltda. / Falatudo"
<falatudo*br.homeshopping.com.br> Sep 16, 98.
A: Prezado Marins,
Obrigado pela visita ao nosso site e desculpe a demora em responder.
Do ponto de vista estrutural, o contraste entre inglês e português
é acentuado. Redigir em inglês é organizar intelectualmente;
enquanto que em português é muitas vezes prioritário valorizar a forma. Não
se pode entretanto falar em regras, mas sim em tendências, como você
bem mencionou. O próprio exemplo que você usou, a relação
adjetivo/substantivo, nem sempre é consistente. Pois veja que é
fácil encontrar exemplos bastante comuns em português que
contrariam a regra: Um belo dia, Alto astral, Última chance,
etc. Assim como também ocorre em inglês: Notary public,
Secretary-General, Attorney General, Consulate General, Court martial. Outros pontos de contratste
notórios são:
O TRATAMENTO DO SUJEITO
Em português frequentemente as frases não têm
sujeito. Sujeito oculto, indeterminado, inexistente, são figuras
gramaticais que no português explicam a ausência do sujeito.
Isto no inglês entretanto não existe. A não ser pelo
modo imperativo, toda frase em inglês normalmente tem sujeito. Na
falta de um sujeito específico, muitas vezes o pronome IT deve ser
usado. Além disso, em português muitas vezes o sujeito aparece
no meio ou no fim da frase. Em inglês ele deve estar sempre antes
do verbo (a não ser no caso de frases interrogativas), e de preferência
no início da frase. Observe os seguintes exemplos:
- Está chovendo. (sujeito inexistente) - It's raining.
- Ontem caiu um avião. - An airplane crashed yesterday.
- Esses dias apareceu lá na companhia um vendedor. - A
salesman came to the office the other day.
Ao formar uma frase, o aluno deve acostumar-se a pensar sempre em primeiro
lugar no sujeito, depois no verbo. O pensamento em inglês estrutura-se
a partir do sujeito.
VOZ PASSIVA
Voz passiva consiste em trocar o sujeito e o objeto direto de posição.
O objeto assume a posição do sujeito, mas permanece inativo,
isto é, passivo. Passa a ser um sujeito que não é
autor de ação nenhuma. O verdadeiro sujeito, por outro lado,
assume o papel de agente da passiva, sendo que neste papel deixa de ser
essencial à oração, ficando frequentemente omitido.
Exemplos:
- O gato comeu o rato. Voz ativa.
O rato foi comido pelo gato. Voz passiva.
O rato foi comido. Voz passiva sem agente.
No português, o uso da voz passiva é extremamente comum
e apropriado ao idioma. O tom vago de uma voz passiva sem agente, assim
como um sujeito indeterminado, são características bastante
típicas do português. No inglês moderno, por outro lado,
a voz passiva chega a ser quase proibitiva porque destoa em relação
à necessidade de clareza e da presença de fatos, limitando-se
seu uso a casos em que o agente da passiva é desconhecido, irrelevante
ou subentendido.
Esse contraste em relação ao uso da voz passiva em português
e inglês, mais uma vez evidencia tendências divergentes. Enquanto
que o português tolera e até busca o tom vago, o inglês
exige conteúdo específico e repudia formas que possam dificultar
a clareza da ideia. Veja mais sobre isso nas nossas páginas:
Como Redigir em Inglês.
PONTUAÇÃO
Ainda uma diferença que não pode deixar de ser mencionada,
diz respeito à pontuação. É notório o pouco uso de pontos e o abundante uso de
vírgulas em um texto em português, quando comparado a um texto equivalente em
inglês.
Veja mais sobre contrastes de redação entre português
e inglês na nossa página Como não
Redigir.
Reparei no nome que aparece ao lado de sua assinatura e, se não
me engano, trata-se de um software de tradução. Se
a sua intenção é encontrar fórmulas que possam
ser inseridas na programação de um software de tradução,
arrisco-me a dizer que o desafio é maior do que parece ser. Duvido
que num futuro próximo o cérebro de um bilingue possa
ser substituído por qualquer tipo de MT (machine translation) na
tarefa de traduzir. Além dos contrastes no
plano sintático (estrutural), existem problemas de natureza
léxica, como expressões idiomáticas
(ex: quantos anos você tem?), ambiguidade
léxica (ex: tempo = time ou weather?), metáforas
(ex: quebrar um galho), etc.
Uma vez que diferentes línguas são
diferentes sistemas de representação, não podemos
simplesmente converter palavras de uma língua para palavras de outra.
Para se estabelecer uma boa correlação entre duas línguas
é necessário interpretar a ideia. Não podemos
ficar no plano superficial das representações da ideia,
temos que ir mais fundo, ao plano da ideia.
Traduzir é a arte de recriar; de reestruturar
uma ideia nas formas que a língua para a qual se traduz oferece,
e sob a ótica da cultura ligada a essa língua; um trabalho
muitas vezes mais artístico do que técnico.
Assim como não há sombra se não
houver um objeto, não existe linguagem se não houver uma
ideia. E esta, está fora do alcance da máquina.
Talvez daqui a duas ou três gerações,
à medida em que bilinguismo se tornar uma realidade comum por
força da globalização do mundo, e quando a partir
de então começará a ocorrer inconscientemente e inevitavelmente
uma convergência na forma de estruturar o pensamento, isto é,
a língua da comunidade local começará a se modificar
de maneira a ficar mais parecida com a língua da comunidade global,
então sim, começaremos a encontrar em MT um grande auxílio
ou talvez até um substituto para o cérebro humano.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Caro Ricardo:
Bastante agradecido pela sua atenção, bem como, sorridente
pela sua perspicácia ao detectar nosso objetivo. O esclarecimento
seria motivo de próximo contato, anonimato ao fato não seria
justo com aqueles que só fazem ajudar.
Nós somos a PAC e fomos até mesmo o primeiro a esboçar
em nosso mercado um programa de auxílio a tradução,
mas nunca um programa tradutor, (isto está esclarecido na página
de filosofia do Falatudo). Caso seja do vosso interesse dê um olhadinha
em nossa página: <http://www.falatudo.com.br/>
Agradecemos e continuaremos aprendendo com você e sua equipe,
caso assim o permitam.
Atenciosamente, Marins
Q #145: Dificuldades com a pronúncia do inglês
Prezados Amigos,
Sou estudante e estou há algum tempo fazendo cursos de inglês,
porém sinto imensa dificuldade quanto à pronúncia
correta das palavras. Solicito a gentileza de indicarem-me o meio mais
correto de melhorar minha conversação e bibliografia a respeito
da fonética da língua inglesa que, creio eu, ser uma forma
de desenvolver e complementar o estudo do idioma. Desde já agradeço
a atenção e aguardo resposta.
Atenciosamente, Fábio Rogério Zardo <oriana*wnet.com.br>
Sep 8, 98.
A: Prezado Fábio,
Obrigado por sua participação.
A sua dificuldade com a pronúncia da língua inglesa é
uma dificuldade muito comum a todos brasileiros que se dedicam ao aprendizado
de inglês. O contato (visual) prematuro e frequente com o inglês
na sua forma escrita, desde os tempos do segundo grau, em paralelo ao escasso
contato com a língua falada, é uma das razões do problema.
Principalmente ao considerarmos que:
- No plano fonético, o contraste entre inglês e português
é muito acentuado
- O inglês é uma língua de escassa sinalização fonética,
quando comparado ao português. Veja mais sobre isso na nossa página
SINALIZAÇÃO FONÉTICA
- A correlação entre as formas falada e escrita do inglês
é absolutamente inconsistente. Ou seja: as formas ortográficas
não nos dão uma indicação de como é a pronúncia, muitas vezes
induzindo o aluno ao erro. Veja mais sobre isso na nossa página
INTERFERÊNCIA
ORTOGRÁFICA
O momento ideal para o desenvolvimento de uma boa pronúncia
de uma língua estrangeira é o início do aprendizado,
pois desvios de pronúncia tendem a cristalizar-se. Por isso, é
fundamental buscar-se um instrutor de excelente pronúncia. Se o
instrutor não for nativo, deve ter no mínimo um ano e meio
(TOEFL 600+) de experiência em país de língua inglesa.
Veja aqui o que significa TOEFL600.
Se na sua escola não souberem informar o escore TOEFL de seu instrutor,
é mau sinal.
Infelizmente, fica difícil para um aluno principiante distinguir
nos outros uma boa pronúncia de uma pronúncia distorcida
pela interferência da língua materna (sotaque). Isso torna
o principiante uma presa fácil de cursos menos sérios. Por
isso é sempre recomendável procurar conhecer o inglês
de seu futuro instrutor na presença de um amigo que fale inglês
muito bem, ou bem suficiente para reconhecer uma boa pronúncia.
Lembre-se: não é o nome da escola nem a suposta metodologia
por ela usada que farão a diferença, mas sim as qualidades
pessoais do instrutor. Veja nossa página Como
Escolher uma Escola de Inglês sobre isso.
Num primeiro passo todo programa de ensino de inglês deve destruir
no aluno o preconceito de que as formas ortográficas servem como
base de pronúncia, e toda ênfase do curso deve ser colocada
na forma oral da língua e não no texto escrito.
Deve destruir também a ideia presumida de que os sons da língua materna com os
quais o aluno está acostumado (principalmente as vogais) servem perfeitamente
para pronunciar palavras em inglês. É importante, pois, adquirir noções de fonologia
para conscientizar-se da existência de diferenças entre o inglês e a língua materna,
e identificá-las individualmente. A partir daí, o aluno deve exercitar os novos
sons. Se você se interessa por esse assunto e deseja estudá-lo com mais profundidade,
posso lhe recomendar dois estudos de fonologia comparada bastante completos:
- Azevedo, Milton M. A Contrastive Phonology of Portuguese
and English. Georgetown University, 1981.
- Mascherpe, Mário. Análise Comparativa dos Sistemas
Fonológicos do Inglês e do Português. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1970.
Veja ainda nossa página sobre diferenças de pronúncia
entre inglês e português. Veja também muitos dos recursos da internet sobre pronúncia do inglês.
Para adquirir-se não apenas a correta pronúncia de fonemas, mas também a acentuação
tônica das palavras e a entonação da frase, desde o início do aprendizado, é necessário
ao aluno desenvolver a arte da imitação e sempre consultar uma fonte autorizada:
um native speaker ou uma pessoa que fale com boa pronúncia, um dicionário
com símbolos fonéticos, ou ainda os modernos dicionários eletrônicos de bolso
que reproduzem som (nós usamos os modelos Franklin LM6000
e o ECTACO Partner EE586HT). Existem também os dicionários na forma de CD-ROMs
para microcomputadores com reprodução de sons, os quais entretanto não oferecem
a mesma praticidade.
Boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #144: English interjections
I'd like to know about interjections. They express human sentiments. For example:
when someone feels pain in Portuguese we say and write "ai!". What about
Americans? How do they express other feelings like disgust, approval or disapproval,
happiness, unhappiness, good luck, bad luck, a good surprise, a bad surprise.
How would you "write" someone sneezing, or snoring? Thank you for your home page.
Congratulations for your work!!
Adriano Zilli, Monte Alto - SP <adriano*montealto.net> Sep 7,
98.
A: Prezado Adriano,
Interjections are words used to convey emotion. They are marginal items,
not grammatically related to any other part of a sentence. They can change
significantly from one region to another and sometimes use sounds outside
the normal range of the language.
An interjection that occurs at the beginning of a longer sentence is
usually followed by a comma.
When an interjection stands alone, it is normally followed by an exclamation
mark.
Some good examples for English are:
- Oh! That's different. (surprise caused by understanding)
Aha, now I understand! (mild surprise caused by a discovery
or recognition)
Wow! Look at those fireworks! (great surprise, admiration
and approval caused by something exciting)
Yeah! Chocolate cake! (joy, approval)
Phew, what a day! (expressing relief after a tiring,
hard or dangerous experience)
Oh no! That's really bad news. (dismay, bad surprise)
Uh-oh, here comes your Mom. (alarm, dismay, concern,
or realization of a small difficulty)
Oops! I've spilled the milk. (mild embarrassment caused
by a small accident)
Ouch! I've hurt my foot. (sudden pain)
Hey! What do you think you're doing? (call for attention)
Yuck! That tastes or looks disgusting. (expressing rejection
or disgust)
Okay, maybe it's not so bad. (acceptance and agreement)
All right, I'll do it. (agreement and obedience)
Uh-huh, I think so too. (affirmative opinion)
Hi! How are you? (greeting)
Hello, my friend. (greeting)
Some more generic interjections are:
Big surprise: Oh my God! My goodness! Holy cow! Holy shit! Jesus
Christ! Gee!
Cursing and swearing: Shit! Damn! Fuck!
As for sneezing and snoring, they are usually spelled in comics as:
achoo! and zzzzzz...
Regards, Ricardo & Linda - EMB
Q #143: Sempre ouço
nos filmes a expressão "may day" para siginificar pedido
de socorro. Em primeiro lugar gostaria de saber se escrevi certo. Em segundo,
o porquê desta expressão. O que realmente levou a este termo.
"Leo" <leog*zaz.com.br> Sep 4, 98.
A: Caro Leo,
Mayday é uma corruptela proveniente do francês m'aider (me ajude).
Ricardo - EMB
Q #142: Hola, I am from Mexico
and I would like to see if you can provide some information. I would like
to know if you can tell me why the people from the United States are called
AMERICANS. Because you know that America is from Canada to Chile, so why
are they called Americans?? Please e-mail me back to <javier_oroz*hotmail.com>,
I would appreciate. Adios, Sep 2, 1998.
A: Good question! Maybe we should ask those 225 million
people calling themselves Americans why they do so. In fact I think we
should let them call themselves Americans, but should change the name of
the continent to Colombia, since it was Columbus who really did it. Once
we get this straight, we can start looking for a new name for the country
Colombia. What right do those people have, by the way, to use Columbus'
name?
Take care,
Ricardo - EMB
P.S.: Let's also change the name of Tierra del Fuego to Tierra
del Hielo because there is no fire whatsoever there, but plenty of
ice.
I am an American living here in Brasil and I was reading your web
page when I came across the question # 142. Why do Americans call themselves
Americans?
Well, the country is called The United States of America. If we
break this up to 5 areas:
1. The----- 2. United----- 3. States ------ 4. of ------ 5. America
1 and 4 are out so that leaves 2, 3, and 5. Getting rid of 2 and
3, that leaves 5.
Consider also that the USA is built up of many different races and
cultures and so on, so they or we call ourselves Americans. People came
from other countries and they only knew this area as America not California
or New York, only America. So when they got here they said 'we are in America.'
Mexico (Mexicans), Brasil (Brazilians) Colombia (Colombians) and so on
but we are all called Americans everywhere. Where I am from we call ourselves
Californians but if I were to say I'm Californian what would you think?
I know where you are from if you say I'm Brazilian.
Philip Turner (American Lecturer on American Culture and Economics
here in Brazil).
Q #141: Autodidática com livros e fitas, e masturbação
Eu li as seções do site "English Made in Brazil" falando sobre estratégias de
ensino e language aquisition, que vocês defendem. Tenho lido algumas coisas
sobre Piaget e sua teoria construtivista. Embora tenha compreendido a teoria,
não consigo ainda ver na prática como ela seria aplicada, principalmente no ensino
de línguas. Esse método não pode ser aplicado no ensino de línguas de quem não
sabe absolutamente nada de inglês, não é?
Por outro lado, vocês refutam o ensino de línguas com
livros e fitas, a não ser que eles sejam usados como "muletas"
e não como a base do ensino de línguas. Mas como é
que fica então o ensino autodidata. Vamos dizer assim, que eu sou
autodidata no aprendizado de línguas estrangeiras. No momento, venho
estudando dinamarquês. Nao tenho condições de ir estudar
na Dinamarca. Logo, uso um método americano de ensino cujo nome
e : Teach Yourself Danish, 1 livro + 2 cassetes. Eu compreendo que
o aprendizado dessa forma e limitado. Digo, você pode acabar decorando
diálogos, mas não obter fluência, uma vez que você
não "treina" diálogos com uma segunda pessoa. Mas
sendo essa a única maneira que tenho para estudar dinamarquês,
tive que abraçá-la.
Em resumo, vocês são "desfavoráveis" quanto ao método autodidata de
ensino? Têm alguma sugestão diferente da qual eu escolhi para estudar
dinamarquês, sem ter que ir para a Dinamarca, é claro, ou estudar em
alguma escola particular?
Elizabeth <elizabeth.santos*mailcity.com> Sep 1, 98.
A: Prezada Elizabeth,
Se você for a um país em cuja língua você não saiba dizer sequer bom dia,
e lá permanecer durante meio ano sem estudar, voltará falando fluentemente. Isto
é language acquisition. Por mais limitada que seja sua habilidade com a
língua no início, ainda assim você vai receber comprehensible input. Assim
você vai construindo sua competência na língua e na cultura gradativamente, a
partir de situações reais de interação humana. À medida que você se familiariza
com o ambiente e sua língua, aumenta a quantidade de comprehensible
input bem como o ritmo de seu desenvolvimento.
Embora viajar seja sempre a forma ideal, o mesmo pode ser feito aqui,
sem viajar. Você pode organizar centros de convívio bicultural
com a participação de representantes da cultura estrangeira
que se predisponham a construir relacionamentos com brasileiros. Dessa
forma você cria ambientes naturais de interação social
motivada pelo interesse mútuo de intercâmbio cultural e linguístico
de seus participantes. Esses encontros também podem assumir a característica
de terapia linguística em grupo, nos moldes do método
conhecido como Community Language Learning de Charles Curran. O
mesmo pode ser feito com facilidade numa aula particular.
Você está correta quanto a nossa opinião sobre
livros, fitas, CD-ROMs, etc. São limitados. Você engole formas
linguísticas descontextualizadas. Não existe interação
humana. Seria como descobrir o prazer do sexo somente através da
masturbação. Ou seria como aprender a jogar futebol dentro
de uma garagem. Você pode desenvolver uma certa habilidade com a
bola, mas por mais que se esforce, nunca estará apta a enfrentar
a realidade de um jogo em campo. Competência em línguas é
resultado de interação humana. É habilidade criativa
desenvolvida na prática, em situações reais de convívio
humano. Não é conhecimento adquirido através de esforço
intelectual e com base em informações acumuladas.
A nossa sugestão é que, em paralelo, você procure
contato com dinamarqueses ou com pessoas que tenham plena competência
na língua e na cultura dinamarquesa. Pode também buscar contato
com a língua e com a cultura através de filmes e livros,
Internet, etc. Qualquer outro método, voltado a language learning
apenas e atrelado a um plano didático sequencial e rígido,
autodidata ou não, se usado isoladamente será sempre uma
frustração.
Obrigado por sua participação e volte sempre.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #140: Já ouvi
dizer que existe um software que lê textos em inglês. Você
escreve ou abre um texto neste software e ele o lê. Mesmo que não
leia com fluência ou ritmo, acho que só pelo fato dele mostrar
a pronúncia das palavras, já é de grande valia. Você
já ouviu falar deste software? Favor me informar se possível
o endereço na net para que eu possa obtê-lo.
Abracos, Elizabeth <elizabeth.santos*mailcity.com> Sep 1, 98.
A: Prezada Elizabeth,
Nós temos um aqui que se chama TA Reader, o qual veio junto
com a placa de som Sound Blaster AWE64. A qualidade da pronúncia
entretanto deixa muito a desejar. Na minha opinião é melhor
você se familiarizar com símbolos fonéticos de um bom
dicionário, como por exemplo o Merriam Webster's Collegiate Dictionary.
Melhor ainda seria usar um desses speaking dictionaries - dicionários
eletrônicos que reproduzem som. Nós temos desde 1996 o Franklin
LM6000, que continua sendo o mais completo. Também há os
modelos SCD-770 e MWS-1840. São todos excelentes mas dão
apenas a pronúncia das palavras isoladamente. O fato de não
termos a entonação frasal continua sendo uma limitação.
Revisão em agosto de 2003: A partir de 2002 existem no mercado
dois novos produtos:
1 - O novo SCD-1870 Merriam-Webster da linha Franklin.
2 - ECTACO Partner EE586HT, que custa 400 dólares e possui
alta sofisticação eletrônica. Além do dicionário principal (inglês - inglês), o
ECTACO contém dicionários bilíngues (inglês => francês, alemão, espanhol, italiano
e português). Outra vantagem do ECTACO é que ele apresenta a transcrição fonética,
recurso que os demais dicionários eletrônicos não possuem. Entretanto, como nada é perfeito,
naquilo que realmente interessa, que é o dicionário inglês-inglês e a pronúncia
das palavras, o ECTACO apresenta uma grave deficiência: não contém advérbios derivados.
Por exemplo, se você procurar pela palavra "especially", o mais parecido que encontra é "especial".
Até substantivos derivados como por exemplo "misconception" e adjetivos como "unsuccessful",
o ECTACO infelizmente não contém em seu banco de dados.
Além disso, nosso colaborador Allan F. Caetano chama a atenção para o fato de que o
Windows 2000 e o XP fornecem uma ferramenta de "acessibilidade" chamada Narrator, cuja
finalidade original é ajudar usuários com dificuldades auditivas, mas que também pode ser
usado para o fim desejado por Elizabeth. Ao contrário de outros programas de leitura de tela,
a pronúncia utilizada pelo Narrator é quase natural, apesar da cadência deixar
a desejar.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #139: Normalmente aprendemos
que "gilfriend" é usado para namorada e "boyfriend"
para namorado. Estes dias conversava com uma amiga americana e ela me disse
que tinha passado o dia inteiro com "her gilfriend"...
Das duas uma: ou ela é gay ou pode ter usado "girlfriend"
com outro significado. É complicado saber qual deles sem correr
o risco de passar por uma situação embaracosa!?! Por outro
lado, um amigo meu me disse que quando se tem uma pessoa que é muito
amiga você pode se referir a ela como "gilfriend".
Um outro, porém, disse que tanto faz usar uma palavra ou outra para
namorado ou namorada; mas isso não deixaria dúvidas quanto
à sexualidade da pessoa?!?! Por favor, me ajudem!!!
Abracos, Elizabeth <elizabeth.santos*mailcity.com> Sep 1, 98.
A: Prezada Elizabeth,
A palavra "boyfriend" não tem normalmente o
duplo sentido a que te referes. É apenas na palavra "girlfriend"
que essa dupla conotação pode ocorrer. Se usada por uma mulher,
a provável conotação seria a de "just friends",
até evidência em contrário.
Regards, Ricardo, Bert, Kirk & Linda - EMB
Q #138: Olá Ricardo,
Parabéns pelo site. É o melhor que já visitei
sobre ensino da língua inglesa. Sou professora de inglês em
Pelotas e, atualmente, sou responsável por uma turma de conversação
"upper intermediate". Gostaria de conhecer algum livro e outros
materiais para usar neste tipo de curso. Meu nome é Dorinha Aleixo
<pba*nutecnet.com.br> Aug 23, 98.
A: Prezada Dorinha,
Obrigado por sua visita e pelo elogio.
O que defendemos é justamente o afastamento de receitas didáticas
pré-determinadas. Isto vale não apenas, mas principalmente
para níveis intermediários e avançados. Sugerimos
que as atividades sejam adaptadas às necessidades de cada grupo
e cada aluno e às suas áreas de interesse. Isso exige que
o instrutor tenha pleno domínio do idioma (igual a um nativo de
preferência), que o grupo seja pequeno (de 4 a 6 participantes) e
que haja um bom grau de homogeneidade no grupo. A homogeneidade a que nos
referimos diz respeito a faixas etárias, perfil psicológico,
áreas de interesses profissionais, etc. Por exemplo, jamais misturar
adolescentes com adultos.
O elemento fundamental desta metodologia tipo "terapia linguística
de grupo" é o contato pessoal e íntimo entre instrutor
e alunos, através do qual os interesses do aluno possam ser explorados
e suas próprias ideias usadas como se material didático
fossem. Em vez de livros e fitas, os próprios pensamentos do aluno,
mesmo os mais íntimos, devem ser discutidos e traduzidos em linguagem
correta, convincente e elegante. Em vez de imposição de um
plano didático, exploramos uma abordagem psicológica. É
o meio atuando sobre o indivíduo, e este assimilando o idioma como
consequência de um esforço espontâneo, natural,
criativo, voltado à comunicação.
Levando-se em consideração a característica predominante
do brasileiro, aberto, comunicativo, criativo e talentoso na improvisação,
defendemos com maior convicção ainda uma abordagem psicológico-comunicativa
para melhor explorar esse talento.
Uma sugestão para dirigir o tema da conversação
ao centro de interesse do grupo é buscar na Internet textos relacionados
aos assuntos de maior interesse do grupo. Quer me parecer aqui entretanto
que o êxito depende mais do grau de motivação e da
personalidade dos componentes do grupo e principalmente do magnetismo pessoal
e carisma do instrutor em criar um clima ideal, do que do tema da conversação,
para que language acquisition ocorra.
Veja aqui mais sobre qualificações
de um bom instrutor.
Desejamos-lhe boa sorte e colocamo-nos a disposição para
trocar mais ideias.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #137: PERGUNTA 5) A
respeito de both, either e neither, eu estava
analisando os exemplos:
- - Last year I went to Paris and Rome. I liked both cities
very much.
- - I read two books but neither book was very interesting.
- - There are two ways from here to the station. You can go either
way.
- - I like both (of) those pictures.
- - Both (of) Ann's sisters are married.
- - I haven't read either of these books.
- - Neither of my parents is English.
- - Ann has two sisters. Both of them are married.
- - Who are those two people? I don't know either of them.
- - Tom and I didn't eat anything. Neither of us was hungry.
Pergunta: O uso do "OF" é opcional, proibido ou obrigatório?
Como posso saber quando usar o "OF" com "BOTH, EITHER e
NEITHER, quando é opcional e quando é proibido? "Leo"
<leog*zaz.com.br> Aug 12, 98.
A: A explicação é a seguinte: sempre
que both, either e neither estiverem na função
de adjetivo, não virão acompanhados de preposição.
Se both, either e neither estiverem na função
de pronome ou de conjunção, poderão vir acompanhados
de preposição ou não, dependendo da situação.
Natureza das línguas
Permita-me aqui um comentário final: você está
se martirizando em suas tentativas de estabelecer uma correlação
direta entre o inglês e sua língua materna; e de encontrar
lógica em um fenômeno que não é controlado por
regras exatas e que nem sempre apresenta lógica. O fenômeno
linguístico inerente ao ser humano é igual a ele próprio:
irregular, complexo, confuso, em constante evolução, incontrolável.
Portanto, a estrutura de uma língua é demasiadamente complexa,
irregular e abstrata para ser categorizada e resumida na sua totalidade
a um conjunto de regras. E o inglês é um dos mais irregulares.
Veja por exemplo a falta de correlação entre a representação
gráfica e a interpretação fonética do inglês.
Isto nos permite concluir que línguas em geral, e especialmente
o inglês, não são ciências exatas e lógicas,
que possam ser facilmente estudadas e compreendidas através de esforço
intelectual; mas sim habilidades desenvolvidas e assimiladas na prática
do convívio, resultado de interação com falantes nativos
e no contato com a cultura. Assimilação de línguas
passa por um tipo de cognição que depende mais de nossas
faculdades artistico-criativas do que de nossa capacidade de raciocínio
lógico.
Se o seu objetivo é alcançar fluência em inglês,
ser funcional em inglês, procure investir seu tempo e seus esforços
mais naquilo hoje conhecido como language acquisition,
e menos naquilo que chamam de language learning.
Obrigado por sua participação e volte sempre.
Atenciosamente, Ricardo - ENGLISH MADE IN BRAZIL
Q #136: PERGUNTA 4) Você
poderia me dar exemplos do uso de "BUT" significando "SOMENTE",
e significando "EXCETO". Nestes casos, seria but uma preposição?
"Leo" <leog*zaz.com.br> Aug 12, 98
A: A palavra but pode desempenhar
várias funções:
- He works hard but never succeeds.
(conjunção) - Ele é esforçado, mas nunca se
dá bem.
- He is but a child. (advérbio)
- Ele é apenas (somente) uma criança.
- There was no one there but
me. (preposição) - Não havia ninguém lá,
exceto eu.
Ricardo - EMB
Q #135: PERGUNTA 3) Qual
a diferença entre: - Excuse me for interrupting you. e -
Excuse my interrupting you. As duas formas estão corretas? Então
qual a tradução de Excuse my interrupting you? "Leo"
<leog*zaz.com.br> Aug 12, 98
A: As duas formas têm o mesmo significado. "Excuse
me for interrupting you" é definitivamente a que tem maior
probabilidade de ocorrência no falar de um nativo.
Ricardo e Linda - EMB
Q #134: PERGUNTA 2: Meu
livro diz: adjetivos compostos que antecedem um substantivo ficam no singular.
Observe estes exemplos:
- I have a boy ten years old = I have a ten-year old
boy
- A truck of ten tons = A ten-ton truck
I bought a radio with three bands = I bought a three-band radio
I have a VCR with four heads = I have a four-head VCR
A journey with 10 hours = A 10-hour journey
A bill of ten dollars = A ten-dollar bill
Exceção: Com medidas de altura, podemos usar foot
ou feet: Ex: Three-foot-high ou three-feet-high.
Gostaria de saber se qualquer medida de altura é considerada
exceção e, caso seja, você poderia me citar outras
medidas ? Ou esta exceção seria somente para a medida FOOT,
FEET? "Leo" <leog*zaz.com.br> Aug 12, 98.
A: Three-foot-high e three-feet-high são
ambas comuns, prováveis de ocorrer no falar de um nativo, portanto
corretas, dentro de uma visão gramatical descritiva. Trata-se portanto
de uma exceção.
Ricardo e Linda - EMB
Q #133: PERGUNTA 1: Não
entendi qual é o plural de fish? Por acaso não
existe fishes? "Leo" <leog*zaz.com.br> Aug
12, 98.
A: Existe, mas na prática raramente seria usado.
Nem por isso podemos considerar o substantivo como uncountable,
pois se você quiser perguntar para alguém quantos peixes ele
pescou, deverá perguntar: "How many fish did you catch?",
cuja resposta seria: "We caught only a few fish." Fishes
é uma forma quase arcaica podendo talvez ocorrer com o sentido de
diferentes espécies: "The fishes of the Mediterranean."
Mesmo neste caso, entretanto, seria mais normal dizer: "The species
of fish of the Mediterranean."
Ricardo, Linda e Kirk - EMB
Q #132: I'm interested
in taking the COTE (Certificate for Overseas Teachers os English) and I'd
like to get information about it. Is there any course available via net?
Are there intensive courses in England? When are they held? Which schools
prepare for the examination in Brazil and which administer the exam? What
about fees? Thank you in advance. "Orlando Vian Junior" <vianjr*mandic.com.br>
Aug 9, 98.
A: Dear Orlando,
The COTE and the DOTE are not proficiency exams like the TOEFL or the
CPE (Certificate of Proficiency in English), but certificate programs for
teachers who are non-native speakers of English, given by Cambridge University.
The COTE takes 6 months to be completed and should cost at least 2000 dollars,
if not more. Here is some information I downloaded from Internet.
COTE - Certificate for Overseas Teachers of English
First of all, please note that the COTE scheme is under revision as
part of the development of the new CILTS (Cambridge Integrated Language
Teaching Schemes framework. Information about changes to the syllabus and assessment procedures,
and the timing of their introduction will be posted on the CILTS pages
as it becomes available. The scheme will continue in its present form until
September 1997 at the earliest.
Candidate Profile
The COTE course is an early in-service training course for practising
teachers who have had at least 300 hours of relevant classroom experience
with children or adults.
Aims
The aim of the COTE scheme is to extend the knowledge and abilities
of teachers who have some experience of teaching EFL to adults or to children
and teenagers. The course ensures a balance between the demands of the
practical application and an understanding of the theoretical background,
particularly in the areas of:
Language development: to improve candidates' ability to use
English for classroom purposes.
Methodology: to develop candidates' awareness of phonology,
grammar, vocabulary, discourse and learning theories.
Practical teaching: to develop ability in classroom management
and lesson planning and in developing the skills of listening, speaking,
reading and writing.
Specifically courses are designed to enable candidates to:
1.Increase their awareness and knowledge of language description,
and to apply their knowledge and awareness to specific teaching contexts.
2.Develop and make practical use of their understanding of learners
and learning contexts.
3.Become thoroughly familiar with the nature, role and ways
of evaluating resources and materials.
4.Apply and reflect on their competence as classroom teachers
with special reference to promoting good learning and teaching skills.
5.Become thoroughly familiar with the principles and practical
implications of tests and assessment, and to know about available examinations
and tests.
6.Identify their immediate and longer term needs and interests
as professionals in the field.
Entry requirements
Those admitted on to the course should be practising teachers and normally
have had at least 300 hours of relevant classroom experience, although
Centres do set their own requirements. Their standard of English should
be sufficient to enable them to reach the standard required to complete
the Language Development Assessment scheme of this Certificate which is
equivalent approximately to Cambridge First Certificate in English or Certificate
in Communicative Skills in English, Level 2. Candidates should be at least
20 years of age by the date of the examination.
Assessment
Assessment is on a continuous basis in the areas mentioned above. The
areas of language development and methodology are assessed by written assignments.
The assessment of practical teaching is based on four observed lessons
with the candidates' own classes. Candidates must pass in all three areas
in order to be awarded a certificate.
Course Length
Courses are usually a minimum of 150 hours and run part-time over 6
months or a year.
External Moderation
Each course and each candidate's written work and practical teaching
are moderated by the external moderator approved and appointed by UCLES.
Thank you for visiting our website.
Sincerely, Ricardo - EMB
Q #131: Hello Ricardo,
Thanks a lot for your previous answer. It will be useful. I have another
question: Have you already heard anything about the GMAT test? I've read
that applicants who are intending to study the MBA course in American universities
are supposed to take this test and the TOEFL. What is it about?
Hugs from Curitiba, Italo <ta...*datasoft.com.br> Aug 6,
98.
A: Dear Italo,
GMAT - Graduate Management Admission Test. É um teste
de admissão a programas de mestrado e doutorado de universidades
norte-americanas na área de Administração de Empresas.
The GMAT measures general verbal, mathematical, and analytical writing
skills and currently consists of nine separately timed sections: seven
25-minute multiple-choiche sections and two separately timed 30-minute
writing tasks. The total testing time is 4 hours.
Regards, Ricardo - EMB
Q #130: Hi there,
First of all, I would like to congratulate you for your HP. My name
is Italo, and I am a just graduated Electrical Engineer, and also
an English student. I've got some questions concerning business English.
I don't know when I am supposed to use Sir, Madam, Mr, Ms, Mrs and
Miss. Is there any rule which I can follow? Grateful, and hoping
not having made many mistakes,
Italo <ta...*datasoft.com.br> July 28, 98.
A: Dear Italo,
Thank you for visiting our site.
Sir and Madam you use when you don't know
the name of the person you are addressing.
Mr. is used before a man's name.
Mrs. and Miss are used before a married
and a single woman's name, respectively.
Ms., pronounced /mIz/, is used in replacement
for Mrs. and Miss. It has been created more
recently, as a result of the feminist movement in the 60's, and is considered
to be more politically correct for not making reference to the woman's
marital status.
Regards, Ricardo - EMB
Q #129: Como falo potências
em inglês? Por exemplo 223 (dois elevado à vinte
e três). Marcia <marciamm*yahoo.com> July 14, 98.
A: Prezada Marcia,
Dois elevado à potência 23 pode ser dito em inglês:
"two to the twenty-third power" ou "two to the
power of twenty-three"
Ricardo - EMB
Q #128: Gostaria de saber
como poderia dizer os seguintes termos escolares em inglês:
- aulas de reforço
- plantão de dúvidas
- supletivo
Muitíssimo obrigado, Reinaldo <ryama*br2001.com.br> July
13, 98.
A: Prezado Reinaldo,
Obrigado pela visita ao nosso site.
Nem tudo é perfeitamente traduzível entre idiomas. Para que uma palavra ou
expressão representando um fato concreto e específico possa ser traduzido por
outra palavra ou expressão na língua estrangeira, é necessário que esse mesmo
fato exista na cultura e no país em que se fala essa língua. Ou seja, a equivalência
se dá no plano do mundo real e das ideias, dos quais as línguas são meros retratos,
e não portanto ao nível de palavras. Esta é uma das razões pelas quais dicionários
bilíngues são tão deficientes.
Tendo isso em mente, aceite as seguintes expressões para se
referir a esses fatos do sistema educacional brasileiro em inglês:
- aulas de reforço
= make-up classes / supplementary classes
- plantão de dúvidas
= academic resource center / academic resource person
- supletivo = academic
upgrading program
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #127: Dear Ricardo Schütz,
How have you been? I hope you’re doing fine.
As I have previously told you, I work exclusively with language acquisition,
being the academic director and trainer of Juan Uribe Language Acquisition
based on Krashen’s and Chomsky’s
main principle: motivation. Itself just coming in calm, relevant, productive
and fun communicative situations. As Jim Mentel, an acquisition fellow
peer, defines himself, I’m glad to call myself a krashenite.
The 5 hypotheses define clearly the suggested language acquisition
device, its working and behaviour. It has been questioned for some time
and so far I haven’t heard of anything more probable. At TESOL 98 in Seattle
I attended a workshop called 10-year trial of Krashen’s theory, where in
a room full with more than 150 people, it was fully approved by a group
of scholars and experts.
There are some issues that I have addressed some other peers but so
far I haven’t got any satisfactory answers.
1) Do you think there are people that can just get input through
one of the brain hemispheres? (like people that are so hardly seduced by
the left hemisphere passing them the message that learning without rules
is nonsense).
2) In relation to mistake fossilization,
what do you do when even knowing the rule the mistake prevails because
it has been acquired in previous experience? (The case of children in big
groups or Brazilians who live abroad without prior language proficiency
) Well, I would really appreciate if you could give some words to put me
on the right path. Not many people here that I know are involved in really
serious teaching. Are you going to be at Braz-Tesol in Recife ? I’ll be
there.
Best regards, Juan Alberto Lopez Uribe <juan*learnfun.com> July
7, 98.
A: Dear Juan,
Thank you for your message and sorry for the delay in replying.
1) I think the very first step is to explain to people the concept
of language acquisition as opposed to language learning,
and how they interact. It's a difficult task to destroy an old preconception
like this. Since our school days we are told that we have to study hard in order
to learn and to pass silly exams. Sayings like "to burn the midnight
oil" and "no pain, no gain" are hammered into our
brains all along our educational careers. Especially monolinguals that have
never traveled abroad have difficulty to understand the concept of language
acquisition. Those become an easy target of the profit-hungry chain language
schools. But if you manage to convince your students and make them believers
in your approach, then you have succeeded in one first important step. It'll
be easier to convince the intelligent ones and the ones with talent.
2) Error fossilization is the result of insufficient exposure
or exposure to poor English. According to our experience it needs to be
dealt with in a strict way. While you can be very tolerant with other inaccuracies,
fossilized errors need prompt action. Don't let them get by with the mistake.
Stop them every time, break the flow of communication if necessary. Address
the same issue again and again, but patiently, without destroying the student's
self-confidence. The same mistake from the same student may be corrected
over 50 times, but should always be as if it were the first time.
No, I'm not planning to attend Braz-Tesol in Recife. We would be happy,
though, if you keep us updated on it.
Regards, Ricardo - English Made in Brazil
Q #126: Olá pessoal,
tenho algumas (muitas) dúvidas, tais como: O que significa e quando
devo usar "one's" eg: go back on one's word.
Antônio - RJ <tom*mtec.com.br> July 2, 98.
A: A expressão acima significa contrariar sua
palavra, não cumprir com o prometido.
YOU AND ONE AS IMPERSONAL
O uso de "one" como pronome impessoal é um
equivalente mais formal do "impersonal you". Ex:
- One should take care of one's health.
One should not take medicine without being sick. -
You should take care of your health.
You don't take medicine if you aren't sick.
Deve-se cuidar da saúde. Não se toma remédio
quando não se está doente.
A gente tem que cuidar da saúde. A gente não
toma remédio se não está doente.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #125: Preposições: "at, in, on" e conclusão
final
Outra coisa que eu tenho dúvidas é sobre preposições:
in, on, at, of, upon. Quando usá-los?
Eg: That man threw his shoes at me - por que não
on me?
The torch is on fire -"in" ?
I put shave cream on my face - aqui eu entendo como sobre
Can't stop thinking of you - por quê não
"in"?
go back on one's word
with a smile upon your face
Isso soa muito estranho para mim, porque eu interpreto in -
em , on - sobre e at - no e of - de. Antônio
- RJ <tom*mtec.com.br> July 2, 98.
A: Prezado Antônio,
Posso lhe ajudar com mais exemplos estranhos:
Por que in the last week e não
on the last week; e por que on weekends e não
in weekends?
Por que in the same class e não
on the same class; e por que on the same team
e não in the same team?
Sem a intenção de ser sarcástico, a resposta mais
coerente talvez seria:
Porque cerca de 400 milhões de falantes
nativos estão acostumados a assim se expressar.
No caso particular de in, on e at,
pode-se observar uma certa regularidade nas ocorrências predominantes
de lugar e tempo.
LUGAR - Qualquer livro de gramática elementar explica
que quando definir lugar, in significa dentro de,
on significa sobre (tocando), e at fica
para as demais situações que não podem ser classificadas
como dentro nem como sobre. Ex: The check is in the book.
The book is on the table. She is at the window.
TEMPO - in: in the morning, in the first week, in
July, in 1998
on:
on Monday, on July 2nd, on weekends (at weekends em BrE)
at:
at noon, at 3 o'clock
Afora esses poucos casos de certa regularidade, a grande maioria das ocorrências
de preposições, não segue um padrão lógico
ou regular. O fato é que preposições são partículas
predominantemente funcionais, com pouco conteúdo semântico. Ou
seja, não têm um significado claro. Servem apenas para expressar
uma relação entre dois elementos. Uma vez que o significado da
palavra representa o elo de ligação com o seu equivalente em outra
língua, se a palavra não tiver um significado claro, fica difícil
estabelecer equivalência.
Veja por exemplo como é difícil darmos uma definição
para as preposições "de" e "em"
nos exemplos abaixo, em comparação à facilidade de se definir
substantivos como mesa, computador, ou de verbos como estudar, comer,
etc.
- Isso é feito de madeira. (constituição)
Estamos de mal. (condição) (por que não em mal?)
Estamos de férias. (condição)
Estou de ressaca. (condição)
Ficamos de nos encontrar.
Estamos em pé de guerra. (condição) (por quê não de pé em guerra?)
Ela está de aniversário.
Um dia de verão.
O congresso está de recesso. (condição)
- O congresso está em recesso. (condição)
Estamos em situação difícil. (condição)
Ele está em São Paulo. (localização)
Ele viaja em janeiro. (localização no tempo)
Ele trabalha na (em + a) IBM. (relação de emprego)
Em atenção a ...
Em particular ...
Ou ainda, colocando-nos no lugar de quem estuda português como
língua estrangeira, poderíamos muito bem perguntar: Por que
- se dizemos: cintura baixa está na
moda
- porque: frango à moda milanesa
e não frango na moda milanesa?
-
- se "de" significa predominantemente
"constituição", porque: estar de aniversário
e não em aniversário?
- e se podemos dizer estar de mal
e estar de aniversário, porquê estar
em apuros e não de apuros?
- se dizemos ir de bicicleta, de
carro, de ônibus, de trem, etc,
porque ir a pé e não de
pé?
-
- considerando que "em" significa predominantemente
"localização" e "de" significa
"constituição", e portanto se dizemos estar
com dor nas (em+a) costas, porque dor de cabeça
e dor de dente?
Finalmente, vejamos o papel da preposição até,
comparado a expressões equivalentes em inglês, para demonstrar
como é difícil correlacionar preposições entre
línguas diferentes como é o caso de português e inglês:
- Até logo. - I'll see you later.
Até certo ponto. - To a certain extent.
Até agora, tudo bem. - So far, so good.
Você tem que pagar até o fim do mês. - You have to pay by the end of the month.
Até meu melhor amigo acha que eu estou errado. - Even my best friend thinks I'm wrong.
Existem certas realidades que o falante nativo
tem dificuldade de ver sobre sua própria língua. Ele pressupõe
lógica naquilo que não tem lógica apenas porque está
acostumado a ouvir daquela forma.
O significado da palavra representa o elo de ligação com o seu equivalente em
outra língua. Preposições, tanto em inglês como em português, não têm uma área
de significado clara e portanto não têm uma equivalência exata na outra língua.
Não podemos portanto estabelecer qualquer paralelo no plano das formas entre nossa
língua materna e a língua que queremos aprender. Portanto, pouco ajuda consultar o
dicionário quando pesquisamos uma preposição.
Você jamais vai assimilar o uso correto de preposições em inglês tentando
entender por vias lógicas. Idiomas não têm muita lógica. O fenômeno linguístico
inerente ao ser humano, é igual a ele próprio: irregular, complexo, confuso,
em constante evolução, incontrolável. A estrutura de uma língua é demasiadamente
complexa, irregular e abstrata para ser categorizada e resumida na sua totalidade
a um conjunto de regras. Veja o que Smith disse, já em 1925:
"Many times one preposition might seem
logically just as right as another. And it is only that tyrannical, capricious,
utterly incalculable thing, idiomatic usage, which has decreed
that this preposition must be used in the case, and that in another ..."
(Smith, Logan Pearsall. Words and Idioms: Studies in the English Language.
Constable and Co. Ltd. London 1925)
Só adquirimos domínio sobre o uso correto de preposições, em contato com a língua
assim como ela é falada por nativos. De tanto ouvir o "correto" em situações autênticas
de interação humana, você cria uma memóriaê auditiva que passa a monitorar sua
fala. Se você não tiver tido a exposição necessária ao idioma para ter desenvolvido
plenamente esta memória auditiva, isto é, não tiver alcançado ainda este grau
de familiaridade com o soar das formas usuais, não tem muito que possa fazer,
a não ser perseverar na busca de contato com a língua falada asim como ela é falada
por falantes nativos, isto é: "corretamente". Este é mais um argumento em favor
de abordagens para o ensino de línguas que enfatize language
acquisition.
O consolo é que o emprego de outra preposição que não
a usual, normalmente não compromete o entendimento, não sendo
portanto um desvio tão irritante aos ouvidos de um nativo quanto o seria
um erro de natureza idiomática ou gramatical, ou mesmo uma pronúncia
desviada do normal, os quais exigem do nativo um maior esforço para entender
a mensagem e podem resultar em mal-entendidos.
Finalmente, veja uma relação completa de todas as preposições
do inglês em As preposições
do inglês.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #124: might, should, shall
onde e como usá-los? Antônio - RJ <tom*mtec.com.br>
July 2, 98.
A: Estes que você mencionou são alguns dos verbos
modais. Veja aqui uma lista mais completa:
VERBOS MODAIS
Em inglês, verbos auxiliares modais são verbos que só
ocorrem na presença de outro verbo, são defectivos na conjugação
e não têm passado nem futuro (com exceção do can
que tem passado e condicional).
Devido à alta frequência com que ocorrem na língua,
os verbos modais tornam-se imprescindíveis. Veja aqui uma lista
dos principais:
- can - could
- - significado de ability: I can speak English
- Eu consigo falar inglês.
- - significado de permission: Can I smoke here?
- Posso fumar aqui?
- - significado de possibility: It can happen
to anyone. - Isso pode acontecer com qualquer um. (Esta ocorrência
é mais rara e o significado de possibilidade aqui se confunde
com o de capacidade. Para possibilidade é sempre melhor
usar may e might.)
Veja aqui um rápido
estudo sobre a diferença de pronúncia entre can e
can't.
Could funciona como passado e como futuro do pretérito
de can:
- passado:
I couldn't speak English before going to England.
/ I couldn't go. / You couldn't smoke in the presence of
your parents at that time. - Eu não sabia
falar inglês antes de ir para a Inglaterra. / Não pude ir.
/ Não se podia fumar na presença dos pais, naquela época.
- futuro
do pretérito: You could have called me.
Could you do me a favor? - Você poderia
ter me ligado. / Você poderia me fazer um favor?
- may
- - significado de permission: May smoke here?
- Posso fumar aqui?
- - significado de possibility: It may rain today.
- Pode ser que chova hoje.
- - para expressar um desejo (to express a wish): May all
your dreams come true.
- Que todos seus sonhos se realizem. (Esta última ocorrência é mais rara, restrita
a uma linguagem mais formal.)
-
- might
- - significado de remote possibility: It might
rain this weekend. - É capaz de chover
no próximo fim de semana.
-
- should - significado de advice: You should
study more. - Você deveria estudar mais.*
-
- shall - significado de suggestion (predominante no dialeto britânico): Shall
we go to the movies? - Que tal irmos ao cinema?
/ Que tal, vamos ao cinema?
Shall ocorre unicamente no modo interrogativo e na primeira
pessoa do singular (I) ou do plural (we).
- must
- - significado de obligation: You must stop
smoking. - Você tem que parar de fumar.
- - significado de prohibition: You mustn't get
out of bed. - Você não pode sair
da cama.
- - significado de inference, logical deduction: He
must be very rich. - Ele deve ser muito
rico.*
* Veja a ambivalência do verbo dever
do português.
Há quem classifique o will, o would e o used
to como verbos modais. Nós preferimos deixar o will e
o would como auxiliares do future e do conditional, e
o used to como habitual, equivalente ao pretérito
imperfeito do português. Leia aqui sobre o used
to.
Também o verbo need pode ocorrer como modal, mas apenas
nas formas negativa e interrogativa. Esta, entretanto, é uma ocorrência
muito rara, principalmente em inglês norte-americano.
Veja mais aqui sobre a modalidade dos verbos em inglês.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #123: Está certo escrever
- If I could I would like to meet all of you. Antônio - RJ
<tom*mtec.com.br> July 2, 98.
A: Seria uma forma com um certo grau de redundância,
com um som não agradável ao ouvido de quem tem familiaridade
com inglês. Seria mais natural dizer: I would like to meet
all of you. "If I could" estabelece uma
condição que o próprio conditional (I
would like) já pressupõe. Em inglês, frases
curtas normalmente soam melhor. Veja aqui outras dicas de Como
redigir bem em inglês e Como não
redigir.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #122: Existe uma palavra ou frase
americana que aqui é traduzida como "eu também",
e que não é "me too" mas algo parecido com
"sort or I" vocês sabem qual é? Antônio
- RJ <tom*mtec.com.br> July 2, 98.
A: Além de Me too, você pode
usar a formas mais formais So do I / So am I / So did I / So was
I.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #121: Todos os tempos verbais do inglês
Quantos tempos verbais existem na língua inglesa e quais são? Antônio - RJ <tom*mtec.com.br>
July 2, 98.
A: Quantos tempos verbais existem em português?
Você acha que saber isso vai lhe ajudar a falar português melhor?
Não se preocupe em conhecer o inventário completo de
tempos verbais, tempos que raramente ocorrem em linguagem comum e os quais
você provavelmente saberá interpretar quando com eles se defrontar.
Você assimila diferentes tempos verbais em contato com a língua
e não através de esforço intelectual sobre uma apresentação
esquemática.
Em todo caso, para não lhe deixar sem resposta, aqui vai:
- SIMPLE PRESENT - Are you a student? Do you speak English?
PRESENT CONTINUOUS - Are you working now?
SIMPLE PAST - Were you busy yesterday? Did you work?
PAST CONTINUOUS - Was it raining yesterday when you arrived?
GOING TO FUTURE - Are you going to work tomorrow?
FUTURE - Will you be able to help me?
FUTURE CONTINUOUS - I will be still working tomorrow, by the time you arrive.
CONDITIONAL - Would you like to have some coffee?
HABITUAL PAST - We used to go to the beach when I was a kid.
SIMPLE PERFECT - Have you ever been to Germany?
PAST PERFECT - You would have passed the exams if you had studied more.
SIMPLE FERFECT CONTINUOUS - I have been playing a lot of tennis recently.
PAST PERFECT CONTINUOUS - I had been working really hard by the time I was promoted.
Além desses, ainda seria possível classificar como tempos
de verbo combinações do future e do conditional
com os perfect tenses.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #120: Porquê no exemplo I
set the whole thing up o "up" está no fim da
frase? Antônio - RJ <tom*mtec.com.br> July 2, 98.
A: Eu poderia citar outros exemplos mais comuns:
- Who would you like to speak with?
Mr. Jones is the person I need to talk to.
What for? What are you talking about?
Esta é uma característica do inglês moderno: colocar
a preposição dos verbos preposicionais no fim da frase.
Atenciosamente, Ricardo - English Made in Brazil
Q #119: Sobre aula demonstrativa
O que é que vocês acham de aula demonstrativa? Eu já assisti uma em uma escola
de inglês. O professor foi legal, mas a aula não me pareceu representar garantia
de bom aprendizado, nem conheço eu inglês suficiente para saber se o professor
fala realmente bem, sem sotaque de português, etc. Obrigada, "Elsa" <arribaelsa*viavale.com.br>
July 2, 98.
A: Prezada Elsa,
Oferecer uma aula demonstrativa de língua estrangeira
é como mostrar a muda da laranjeira para tentar provar que as laranjas
serão doces, quando só depois de crescido o pé podemos saber
se as laranjas serão doces.
Assistir a uma aula demonstrativa para saber se vai aprender é como olhar para
o rosto dos noivos na noite de núpcias para saber se o casamento vai dar certo.
Se quiser assistir a uma aula demonstrativa, exija que seja com aquele que será
o seu instrutor, e leve junto um amigo que fale inglês bem para ter um diagnóstico
pelo menos da qualidade do inglês que o instrutor fala.
Obrigado pela visita. Ricardo - EMB
Q #118: Do subjuntivo para o inglês (IF clauses)
Hello Ricardo...
we’re namesake! :-)
I’ve visited your home page frequently and I’ve already read almost
all the questions. They are as well formulated as enough sagacious in replying.
If I would say what I thought about it, I’d have to use a verbal time:
“Pluperfect” Congratulations, it’s really cool :-)) So it’s about verb
tenses the doubt that I wanna ask you: SUBJUNCTIVE. Let me get back to
my native language... Gostaria de saber como fazê-lo, principalmente
no Presente, é preciso pôr o “que”?! Por exemplo: “Você
quer que eu vá?” Do you want I go / Do you want that I go? Ou se
eu estiver errado, como é? Tenho mais uma: Qual tempo verbal eu
uso no Pretérito Perfeito do Subjuntivo: “Se víssemos” usaria
o “saw” ou o “seen”? Well, I hope I’ve written correctly. Thanks for helping
me. Ricardo <alim_sabb*hotmail.com> July 1, 98.
A: Prezado Ricardo,
Obrigado pela visita ao nosso site e pelos elogios a ele tecidos.
Sua pergunta faz sentido. A mente de quem fala português como
língua materna se ressente da falta de um equivalente em inglês
para as formas do Subjuntivo.
Na prática podemos dizer que:
1) O nosso Subjuntivo Presente corresponde em inglês ao
infinitive ou ao simple present. Ex:
- Você quer que eu vá? - Do you
want me to go?
Ele quer que eu arranje um emprego. - He wants
me to get a job.
Espero que não chova. - I hope it doesn't
rain.
Caso precises de ajuda ... - In case you need
help ...
Estejam preparados para o pior. - Be
prepared for the worst.
Queremos que o presidente seja eleito. - We
want the president to be elected.
Embora eu não seja um falante nativo de inglês, acho que esta pronúncia
não está correta - Although I'm not a native speaker of English, I think
this pronunciation is not correct.
2) O nosso Pretérito Imperfeito do Subjuntivo corresponde
em inglês ao simple past. Ex:
- Eu estudaria francês se tivesse tempo. -
I would study French if I had time.
Se eu fosse à Europa, visitaria Paris.
- If I went to Europe, I would visit Paris.
Eu teria ido, se tivesses me avisado. - I would
have gone if you had told me.
Numa visão gramatical mais rígida, entretanto, esse simple
past tem que ser classificado como past subjunctive, sendo diferente
do simple past apenas no verbo to be. Entretanto, em muitos
casos, em linguagem menos formal, é perfeitamente aceitável que
o "were" seja substituído por "was".
Ex:
- If John were here, we would learn the truth. = If John was
here, we would learn the truth.
3) O Futuro Imperfeito do Subjuntivo do português corresponde
em inglês ao simple present. Ex:
- Se perdermos o jogo, estaremos fora do campeonato
- If we lose the game, we will be out of the tournament.
Sempre que precisares, ... - Whenever you need
...
Quando estiveres pronto, me avisa. - Let me
know, when you are ready.
Aquilo que frequentemente é estudado em inglês como
IF Clauses, está diretamente relacionado ao Pretérito
e ao Futuro do Subjuntivo em português. Os três tipos de IF
Clauses são: real, unreal e past. Ex:
- Real IF Clause (will + if + present tense) = Futuro
do Subjuntivo:
- I'll go if you invite me. - Irei se
me convidares.
- We'll go to the beach if it doesn't rain.
- Iremos à praia se não chover.
-
- Unreal IF Clause (would + if + past tense) = Pretérito
do Subjuntivo:
- I would give you a nice present if I had
money. - Eu te daria um bom presente se tivesse dinheiro.
- I wouldn't buy a new car if I were you.
- Eu não compraria um carro novo se fosse você.
-
- Past IF Clause (would have + if + past perfect tense)
= Pretérito do Subjuntivo:
- I would have gone if you had invited me.
- Eu teria ido se tivesses me convidado.
- You would have passed the exam if you
had studied harder. - Terias passado no exame se tivesses estudado
mais.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
PERGUNTAS & RESPOSTAS:
ÍNDICE
JULHO 2005 - DEZEMBRO 2006 | JANEIRO - JUNHO 2005
JULHO - DEZEMBRO 2004 | JANEIRO - JUNHO 2004
JULHO - DEZEMBRO 2003 | ABRIL - JUNHO 2003
JANEIRO - MARÇO 2003 | OUTUBRO - DEZEMBRO 2002
JULHO - SETEMBRO 2002 | ABRIL - JUNHO 2002
JANEIRO - MARÇO 2002 | OUTUBRO - DEZEMBRO 2001
JULHO - SETEMBRO 2001 | ABRIL
- JUNHO 2001
JANEIRO - MARÇO 2001 | OUTUBRO
- DEZEMBRO 2000
JULHO - SETEMBRO 2000 | ABRIL - JUNHO 2000
JANEIRO - MARÇO 2000 | OUTUBRO
- DEZEMBRO 99
JULHO - SETEMBRO 99 | ABRIL - JUNHO 99
JANEIRO - MARÇO 99 | OUTUBRO - DEZEMBRO 98
JULHO - SETEMBRO 98 | JANEIRO - JUNHO 98
MARÇO - DEZEMBRO 97 | SETEMBRO 96 - MARÇO 97
Menu
Principal | Mensagens
Recebidas do Público | Nossa
Missão | Nossa Equipe