ARQUIVO 24 - PERGUNTAS E RESPOSTAS DE JULHO A DEZEMBRO 2003
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Prezado Paulo,
Imagino que cada escola deva ter seu método de avaliação do desenvolvimento do aluno. Não vejo nisso, entretanto, grande importância, pois a homogeneidade do grupo, em termos de idade e áreas de interesse, é de importância talvez maior do que o nivelamento pelo grau de habilidade já alcançada. Também não acredito em testes escritos como forma de medir habilidade com línguas, por serem estas fundamentalmente fenômenos orais. A avaliação pessoal, subjetiva que o professor tem de cada aluno com quem já trabalhou é uma medida melhor. Se for aluno novo na escola, a avaliação deve ser através de entrevista oral.Muitas escolas seguem rigidamente o plano didático de livros 1, 2, 3, ... Para essas, o nível de desenvolvimento de cada um é secundário. O importante é que marchem todos juntos até o último livro. Essas escolas também não gostam de levar em consideração diferenças individuais, e acabam atropelando os alunos que precisam de mais tempo ou ignorando o talento dos mais rápidos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Prezado Fábio,
Sem dúvida, second language acquisition (assimilação natural de línguas) é um campo de grande importância e que permite ampla pesquisa. Sugiro que você estude melhor áreas ainda inexploradas dentro deste vasto campo de estudo, tais como:
- A interdependência entre acquisition e learning (estudo formal). Ou seja, devemos estudar para aprender a falar, ou aprender a falar para podermos estudar e entender o idioma?
- Os graus de eficácia de acquisition e de learning em relação às características da língua-alvo, tais como: seu grau de irregularidade, seu grau de sinalização fonética, etc.;
- Os graus de eficácia de acquisition e de learning em relação às características de personalidade do aprendiz;
- As possibilidades de implementação de ambientes de acquisition em relação às qualificações dos instrutores disponíveis.
Veja mais sobre isso em: https://www.sk.com.br/sk-laxll.html
Boa sorte, Ricardo - EMB
Dear Rodolfo,
There are different degrees of verb modality. Quirk, Greenbaum, Leech and Svartvik in "A Comprehensive Grammar of the English Language, probably the most comprehensive and respected Modern English grammar ever written, provides the following scaled categories of verbs in auxiliary function on page 137:
HIGH
M
O
D
A
L
I
T
YLOW
PRIMARY AUXILIARY VERBS: be, have, do
CENTRAL MODALS: can, could, may, might, shall, should, will, would, must
MARGINAL MODALS: dare, need, ought to, used to
MODAL IDIOMS: had better, would rather, BE to, HAVE got to, etc.
SEMI-AUXILIARIES: HAVE to, BE about to, BE able to, BE bound to, BE going to, BE obliged to, BE supposed to, BE willing to, etc.
CATENATIVES: APPEAR to, HAPPEN to, SEEM to, GET + -ed participle, KEEP + -ing participle, etc.
MAIN VERB + nonfinite clause: HOPE + to-infinitive, BEGIN + -ing participle, etc.
Therefore, as you can see, Interchange writers have stretched a little the concept of modal verb.
Regards, Ricardo - EMB
Prezada Celiana,Como aprender inglês VII
O Lexical Approach de Michael Lewis, valoriza o vocabulário e identifica suas unidades não na palavra mas sim nas expressões da língua, o que não deixa de ser um conceito importante no aprendizado de línguas.A abordagem comunicativa, que valoriza a funcionalidade ao invés da forma, também representa uma evolução em direção a um ensino-aprendizado de línguas mais humano e centrado nos interesses do aprendiz.
Você entretanto não deve se influenciar muito por estes aspectos teóricos. Deve se guiar mais por questões práticas como as qualificações pessoais do instrutor e o número de alunos por grupo. É o talento do aprendiz e as habilidades pessoais do instrutor que fazem a diferença. Desconfie de escolas que prometem fluência em determinado tempo. Converse com alguém que já fala inglês bem. Ao visitar escolas, insista em conhecer o instrutor e leve junto alguém que fale bem inglês. Investigue o grau de liberdade que a escola permite ao instrutor e desconfie das que insistirem em que o método deles é que faz toda a diferença. Em última análise, línguas são habilidades, fruto de convívio humano e não de estudo formal.
Boa sorte, Ricardo - EMB
Celiana,
Você aprende a reestruturar seu pensamento nas formas da língua estrangeira, na medida em que desenvolve familiaridade com essas formas, dentro de contextos, de situações reais de comunicação, nas quais você é protagonista e não recebedor passivo. Estas situações reais que você vivencia são o fato gerador de tudo: da linguagem e da familiarização do aprendiz com ela. Veja os exemplos abaixo, em ordem de preferência, de situações que proporcionam familiarização e aprendizado máximos:1) Aos 17 ou 18 anos você participa de um programa de intercâmbio em país de língua inglesa, de preferência com duração mínima de 6 meses. Em todos os ambientes em que convive (familiar, escolar, social) não há conterrâneos.
2) Assim que você conclui sua carreira acadêmica, participa de um programa de estágio remunerado para aperfeiçoamento profissional, em país de língua inglesa, de preferência com duração mínima de 6 meses. Nos ambientes que você frequenta não há conterrâneos.
3) Em qualquer momento de sua carreira profissional, você participa de um programa de desenvolvimento profissional junto à matriz da empresa multinacional em que trabalha, em país de língua inglesa. Como sempre, longe de conterrâneos.
4) A qualquer momento em sua vida (quanto antes melhor) você participa de um programa de ESL (intercâmbio para estudo de inglês) em país de língua inglesa. Quanto maior a duração do programa, tanto melhor.
5) Você trabalha numa empresa multinacional e, em seu ambiente de trabalho (por exemplo: departamento de exportação), fala-se predominantemente inglês.
6) Você participa de um grupo pequeno de conversação de inglês com um instrutor com plena competência linguística e cultural, hábil em construir relacionamentos e improvisar atividades voltadas às necessidades e aos interesses do aprendiz.
7) Você frequenta ambientes como bares, clubes recreativos ou desportivos, frequentados também por estrangeiros, onde você encontra ocasionalmente oportunidades de confraternizar com essas pessoas em inglês. Uma iniciativa desse tipo muito interessante, por exemplo, é a do English Club Brazil - um grupo de pessoas falantes nativas de inglês e brasileiros também falantes de inglês que reúnem-se informalmente no Finnegan's Pub, um bar na cidade de São Paulo.
8) Você é um autodidata e se dedica, com muito esforço e força de vontade, à prática de escutar músicas, ouvir gravações, assistir filmes, e à leitura de textos, tudo em inglês. Exemplo de material útil: Revista Speak Up com seu respectivo CD.
Os exemplos acima demonstram a pouca importância do nome da escola, dos materiais didáticos e do método aplicado.
Sobre o desenvolvimento da arte de redigir adequadamente em inglês, a primeira e mais importante condição é domínio sobre o idioma falado. Não é de conhecimento gramatical que depende a boa redação. O texto tem que lhe "soar" bem. Satisfeita esta primeira condição, você pode direcionar sua familiaridade com o idioma para textos, através de muita leitura para aprimorar sua redação.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Prezado Rodolfo,
PRONÚNCIA DO SUFIXO ...ATE
O sufixo ...ATE do inglês é originário dos sufixos latinos ...ATUS, ...ATA e ...ATUM.
Há duas pronúncias possíveis para as palavras do inglês terminadas em ...ATE.1. Adjetivos e substantivos, na maioria dos casos, são pronunciados [...
t] (em algumas descrições fonéticas [...It] ).
2. Verbos são pronunciados [...eyt], ou seja, a terminação ...ATE é pronunciada como "EIGHT". Além disso, no caso dos verbos, o sufixo ...ATE funciona como sílaba subtônica. Exemplos (n = substantivo; a = adjetivo; v = verbo):
Pronúncia terminada em [...t] ou [...It]
Pronúncia terminada em [...eyt]ALTERNATE (a,n) alternado; alternativa ALTERNATE (v) alternar APPROPRIATE (a) apropriado; adequado APPROPRIATE (v) apropriar-se; destinar APPROXIMATE (a) aproximado APPROXIMATE (v) aproximar CERTIFICATE (n) certificado CERTIFICATE (v) certificar DELIBERATE (a) deliberado DELIBERATE (v) deliberar DUPLICATE (a,n) duplicado; cópia DUPLICATE (v) duplicar ESTIMATE (n) orçamento; estimativa ESTIMATE (v) orçar; estimar GRADUATE (a,n) graduado; diplomado GRADUATE (v) graduar-se; formar-se INTIMATE (a,n) íntimo INTIMATE (v) insinuar MODERATE (a,n) moderado MODERATE (v) moderar SEPARATE (a,n) separado SEPARATE (v) separar COMPENSATE (v) indenizar; compensar CONSULATE (n) consulado CORPORATE (a) corporativo; empresarial IMMEDIATE (a) imediato PASSIONATE (a) apaixonado; emocionado PRIVATE (a,n) particular; soldado TEMPERATE (a) moderado Há, entretanto, algumas exceções de adjetivos e substantivos pronunciados [...eyt]. Ex:COGNATE (a,n) cognato CONDENSATE (n) matéria condensada CONCENTRATE (v,n) concentrar; concentrado MANDATE (n,v) mandado; mandato; ordenar NITRATE (n,v) nitrato; nitratar (tratar com nitrato)
Atenciosamente, Ricardo
Dear Ana,
Thank you for sharing your experiences and concerns with us.I do understand your message, which means that you can communicate in written English. However, I can also see why you are so disappointed with the result of 5 years of studies. Your story as well as many others' demonstrate the weakness of the teaching of English in Brazil. Even reputable and expensive specialized schools seem to be unable to guarantee effectiveness. One of the reasons certainly is the misconception that English is a discipline that needs to be "learned" and the inability to understand that language proficiency is simply a result of human interaction. Your story also helps to illustrate how careful and suspicious one needs to be when choosing an English course.
We are thinking about adding a chat to our forum and regarding pen pals, you can easily find many if you search the internet for the word. You may also want to post a message in our forum inviting people to write to you.
Good luck, Ricardo - EMB
Prezada Viviane,
Obrigado por suas palavras elogiosas.A leitura de sua mensagem me leva à conclusão de que você confundiu parcialmente os meios com os fins. Assim como aqueles que se esforçam para ganhar dinheiro para terem mais tempo e serem felizes mas acabam cada vez mais infelizes e com menos tempo à medida em que cresce sua fortuna, assim também parece que você começou com o objetivo de aprender inglês mas se desviou e acabou se dedicando a colecionar certificados.
Na minha opinião você deve redefinir com clareza seus objetivos. Vejo duas possibilidades: 1) o objetivo essencial seria o de falar fluentemente inglês, se expressar oralmente e por escrito sem desvios, sentindo-se plenamente familiarizada em ambientes da língua e da cultura estrangeira; 2) além de falar fluentemente, como objetivo complementar, poderia se preparar para atuar na área do ensino de inglês como instrutora ou orientadora pedagógica.
Se você acha que o objetivo essencial ainda não foi alcançado, deve procurar outro caminho, uma vez que o atual provou ser ineficaz, mesmo depois de 11 anos de dedicação.
Se já tem pleno domínio, o primeiro objetivo já está alcançado e não há razão de buscar mais certificados.
Entretanto, se além da plena proficiência que já deve possuir desejar agora se tornar uma profissional na área do ensino de inglês, deve começar a se dedicar ao estudo acadêmico de metodologias de ensino de línguas, de linguística, de psicologia cognitiva, etc. Não se esqueça que uma experiência no exterior é um complemento muito importante para ambos os objetivos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
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